Os Homens Fizeram Suas Escolhas

Por Gil Nunes

Havia um tempo em que os homens eram cordiais, tratavam uns aos outros com nobreza, com respeito, com lealdade para o bem, com expectativa de dias, meses e anos melhores, era uma época em que prejudicar seus semelhantes não tinha a menor graça, além de não ter o porquê encher-se de vanglória.

Homens que deram suas vida em prol da humanidade, desenvolvendo todos os recursos possíveis por meio das ciências com o intuito de que seus projetos fossem finalizados numa imensa e grande obra na demonstração de que o infinito seria apenas o começo.

Momento esse, em que a humanidade não tinha que guerrear contra si, sua luta era contra as doenças, contra tudo que fosse contra a vida dos seres humanos, da fauna e da flora.

As ciências progrediram, e todo tipo de produtividade desenvolvida pelos seres humanos, também.

As riquezas materiais aumentaram dia após dia, ano após ano, século após século, então, os homens começaram com suas invejas entre si, tiveram dificuldade de evitar a cobiça, correram como se fossem verdadeiros cavalos loucos desenfreados para os pés da arrogância e da ganância e passaram a não se satisfazerem com o necessário, posto que o ideal não seria ter em demasia, por isso, viram-se no dever de saquear uns aos outros com a estúpida declaração de que eram bons nas guerras.

Além disso, eles começaram a entender que o “poder” é um tipo de ferramenta que viabiliza subjugar seus semelhantes, e com ele, puderam provocar o medo, e um suposto “respeito,” ainda que para isso, tivessem que usar a força, como que se não bastasse, entenderam que o melhor não é ser querido, e sim, ser temido.

Ademais, todas as ciências criadas para o bem da humanidade, foram reutilizadas com o firme propósito de escravizar os mais ignorantes, ou os incautos desconhecedores dos métodos científicos que, de uma forma ou de outra, tiram-lhes o verdadeiro sabor de viver.

Como se nota, nos dias atuais, o petróleo, o ouro, os produtos e serviços, e principalmente, a industrialização e comércio de compra e venda de armas, tornaram-se os bens mais valiosos para os homens que amam a violência e o "poder".

Eles inventaram várias denominações religiosas e políticas (por meio do conhecimento das ciências teológicas e ciências políticas), mas o fim é sempre o mesmo, fugir da paz e da civilidade humana, vez que ser um animal feroz e irracional sem sentimento de amor próprio e de amor aos outros, pareceu-lhes serem suas melhores escolhas.