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sábado, 9 de abril de 2011

A Mulher Pobre de Realengo e os Psiquiatras Forenses

Por Gil Nunes


Como é vergonhoso a gente se deparar com tanta falta de competência e de compromisso com o povo, sobretudo, para com a população mais carente.

É tanto descaso, tanta falta de conhecimento, tanta falta de vergonha naqueles que deveriam zelar pelo bem-estar do povo brasileiro, mas no entanto, a incompetência deles fica estampada na maneira fútil de tratar os assuntos sérios e calamitosos que envolvem a integridade física, psicológica, espiritual, educacional e material da população brasileira, que está completamente abandonada.

O Governo Federal disponibiliza os milhões para os Estados e para os Municípios, advindos dos exorbitantes percentuais de impostos aplicados sobre a produtividade e renda do povo brasileiro que sofre duras penas para atender à essa obrigação, mas, ele não faz o seu dever de casa, a fim de verificar se os milhões que são disponibilizados, estão de fato sendo empregados nas necessidades básicas da população; casa, comida, saúde, educação, emprego.. salvo algumas exceções quando há denúncias em relação a esse ou àquele Estado ou Município, que são os casos nos quais a Polícia Federal passa a investigar, e por consequência, descobre-se as falcatruas, só que geralmente, o rombo é imenso, e recuperar os milhões da merenda escolar, da educação, da casa própria, da saúde.., já não se consegue mais, visto que esses valores voam para os bancos de outros países.

Então, o resultado é; povo sem educação, sem cultura, sem emprego, sem qualificação profissional ou acadêmica, sem atendimento médico hospitalar, sem civismo, um caos sem fim.

Mas têm um monte de novelas e programações que levam nossas crianças, adolescentes e jovens para o mundo da promiscuidade, da vida fácil, dos vícios e da criminalidade de todos os tipos.

E o Governo? O Governo fica com os braços cruzados assistindo de camarote a desgraça do povo que sofre, povo este que colocou por meio do voto um bando de indiferentes que ao serem empossados, pensam que dali para frente já não são mais “gente do povo”, se desvirtuam psicologicamente num pensamento doentio de que a partir de então, são reis e rainhas, e não são.

São sim, empregados do povo. Nenhum Prefeito, nenhum Vereador, nenhum Deputado Estadual ou Federal, nenhum Governador, nenhum Senador, nenhum Presidente ou qualquer outro servidor público tem o mínimo de direito de querer estar acima de uma só pessoa sequer do povo.

O representante, jamais deve estar acima dos interesses do seu representado.

É com tremenda tristeza que vemos certos Senadores inchados pelo vírus da arrogância, são os mesmos que dependeram principalmente das pessoas mais carentes para lhes colocar no Senado Federal, então quando acontece alguma coisa devido à consequência de sua inércia na qualidade de servidor público, sendo assim, do próprio descaso do Estado, eles são os primeiros a jogarem pedras, culpando o povo simples e pobre que por falta de conhecimento, não sabe se defender.

E os psiquiatras forenses? Por que eles nunca contam a verdade? Por que eles não dizem que a maior parte dos crimes decorre por causa da falta de educação do povo brasileiro, uma vez que quanto mais famílias desestruturadas e descaso dos Governos; Federal, Estadual e Municipal, mais ociosidade, mais promiscuidade, mais envolvimento da população com os vícios, e mais criminalidade de todo tipo e gênero?

Qualquer criança pode ir a qualquer rede televisiva e falar com muito mais propriedade, conhecimento e bom senso, do que muitos “psiquiatras forenses”, pois até parece que os muitos anos de estudos, de nada valeram para eles, e para a sociedade que, cega, aceita tudo aquilo que eles falam.

Uma senhora, do bairro de Realengo, cidade do Rio de Janeiro, ao ser indagada por um repórter, sobre o motivo de tanta criminalidade envolvendo principalmente as crianças, os adolescentes e os jovens, ela foi direta e taxativa em suas respostas:

“Moço! Eu acho que o pobe tá muito abandonado, nossas criança fica jogada, anda abandonada, muita as vez o pai e a mãe morre e ninguém cuida, fica vivendo de quarqué jeito. É muita pobeza e ninguém fais nada, é por isso que acontece tantas desgraça e muitas morte”.

Esta mulher falou tudo o que tinha que ser falado e muito mais. Ela não tem estudo, mas tem bom senso em relação àquilo que é verdade versos àquilo que é mentira.

Aconselho os senhores psiquiatras forenses a colocarem os pés um pouco mais no chão e passem a direcionar a mentalidade da sociedade que já anda carente da realidade dos fatos, para que quem sabe, pela verdadeira ciência psiquiátrica, mais as outras ciências, o povo brasileiro pare de sofrer.

Não precisamos ir muito longe, peguemos como exemplo, o bairro do Morumbi, aqui em São Paulo, onde está concentrada uma das maiores Favelas do Brasil, a Favela Paraisópolis, e a pergunta que faço aqui aos senhores psiquiatras forenses é: Hoje é Sábado, dia 09 de Abril de 2011, quais são os planos para o fim de semana das nossas crianças, dos nossos adolescentes e dos nossos jovens que moram no Morumbi, fora da Favela Paraisópolis?

Agora, faço-lhes a mesma pergunta: Hoje é Sábado, dia 09 de Abril de 2011, quais são os planos para o fim de semana das nossas crianças, dos nossos adolescentes e dos nossos jovens que moram no Morumbi, dentro da Favela Paraisópolis?

Viram? As respostas são fáceis de serem ditas, difíceis são as vidas daqueles que foram jogados à própria sorte, bem como, as dificuldades vividas pela população carente, e esta, abandonada pelo poder público, sendo ele, a mãe de todas as causas, e dos maus resultados, da má distribuição de renda e descaso daqueles que têm a obrigação de atender às necessidades do povo, mas que ficaram loucos pensando que são reis e rainhas; quem são esses? - todos aqueles que foram eleitos pelo povo, por meio do voto.

Em síntese, vamos parar com essa ilusão de ótica.

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