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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

18 Dicas P/ o Homem Casado Perder Sua Mulher

Por Gil Nunes

Se você é casado e quer se separar da sua mulher para se tornar um Zé Ninguém, aproveite para ouvir estes meus conselhos que o ajudarão em demasia.

Mas, olha..., não se esqueça de fazer exatamente do jeito que indicarei.

1. Quando estiver conversando com sua mulher, não dê atenção ao que ela diz, que até parece sufocar-se tentando fazer você entender o balbuciar da fala em que, ao mesmo tempo você responde com um simples; hamham!;

2.    Compre um presente mais simples possível e que este tenha um preço accessível, porque afinal, você não quer que ela goste de você pelo dinheiro que tem e ou pelo presente caro com o qual possa presenteá-la;

3.    Quando for comprar cinto, compre um tamanho 200, posto que use o tamanho 100, fique preocupado com o crescimento do seu corpo e assim, bem, assim seu cinto tem medida de sobra para nivelar ao nível da gordura da sua barriga (pança);

4.    Depois de uma noite suada de sono e ou insônia, nem pense em tomar banho no dia seguinte, se ela reclamar, fale que você resolveu demonstrar a sua masculinidade, pois, cheiro de homem é assim mesmo;

5.    Quando sua mulher mentir, dizendo coisas que você sabe, tem a mais absoluta certeza de que é uma completa mentirosa, olhe bem nos olhos dela e fale; você não passa de uma mentirosa, com isso, arme a maior contenda e saia de casa batendo as portas em vez de deixar que ela raciocine sobre a mentira que lhe contara e tenha tempo para se arrepender e assim lhe pedir perdão para que tudo se ajeite e possam viver em paz juntamente com a verdade de uma vida a dois;

6.    Quando sua mulher lhe der dicas de como se vestir, fale para ela parar de pegar no seu pé, dizendo; "cada um tem seu próprio estilo" e quando ela comprar roupas para você, fique chateado com ela por causa da iniciativa que teve em prol do seu bem-estar;

7.    Aproveite para usar aquele desodorante que, a priori, é de um cheiro fenomenal, mas depois de passar seu efeito, nem o urubu aguentará chegar perto dos seus sovacos;

8.    Deixe os pelos dos seus sovacos como se fossem capim guiné, desse jeito ela ficará escandalizada e sem saber o que dizer a esse respeito;

9.    Quando for a um restaurante, escolha uma churrascaria, ainda que seja ela uma vegetariana, faça-a comer carne, preferencialmente, quase crua e fique observando a reação dela só para saber se ela o ama de verdade a ponto de comer carne por você;

10.  Ao falar ao telefone com ela, fale para ela parar de lhe encher a paciência e que saiba que você está superhiperultramegaocupado;

11.  Quando chegar época de festas e de fim de ano, deixe-a sozinha, vá ficar com seus amigos e diga que sente muito por isso;

12.  Quando ela implorar a você para viajar para qualquer lugar com ela, mesmo que ela lhe peça pelo amor de Deus, não atenda ao pedido que fez;

13.  Ao comprar celular, tenha um monte deles e aproveite para pendurá-los no cinto da sua calça, visto que detesta mantê-los soltos dentro dos seus bolsos;

14.  Seja sempre um homem confuso e não do jeito daquele que sabe o que quer da vida;

15.  Nunca diga que a ama em momento algum, afinal, homens não dizem essas coisas;

16.  Quando ela pedir para você ficar um pouco mais com ela numa manhã fria de sábado, fale que não pode e que tem mais o que fazer;

17.  Procure se esquecer das datas importantes da vida de vocês;

18.  Vislumbre outros mundos, outras pessoas e não a deixe fazer parte de tudo isso.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vendo Tudo, Sempre a Mesma Coisa

Por Gil Nunes

A confusão acontece de um jeito que menos se espera. Você levanta de uma maneira que até parece que foi jogado da cama. De repente, pronto, seus dois pés no chão. Meio que de modo automático, pega a toalha, corre para o banheiro, sem que perceba, já está embaixo do chuveiro, a água quente, morna ou fria, não importa, você já está embaixo do chuveiro, começa a escovar os dentes e só neste momento descobre que confundiu Gelol com creme dental, então, você sai do box, vai até a pia do banheiro, pega o creme dental que estava facilitado do lado esquerdo da pia, só que você não percebera e por isso, teve que voltar à pia para fazer tudo de novo, só que desta vez, da forma certa e assim, ter seus lindos dentes escovados.

A água está boa, o tempo também, se bem que você não teve tempo para saber se o tempo está ou não, bom, você prossegue, termina, se enxuga, volta para o quarto, penteia o cabelo, passa um amaciante no rosto, veste-se, calça-se, espirra desodorante, perfuma-se e sem ter tempo, sai de casa sem tomar o café da manhã, se bem que você poderia ficar um pouco mais, tomar o café da manhã, ler o jornal, mas não tem tempo, precisa ir.

Bem, de carro, de ônibus, de moto, de trem, andando ou de bicicleta, você já se encontra jogado na rua, rumo aos seus afazeres do dia, enquanto segue, não há com o que se preocupar, pois não projeta e nem planeja nada, exceto quando está dentro dos âmbitos; acadêmico ou de trabalho, sim, sua vida é inteiramente organizada, constantemente de um jeito todo intuitivo, chega ao local de estudo ou de trabalho, já sabe o que terá que fazer, não faz tudo sempre igual, mas chega a ser algo mais ou menos similar ao que vem fazendo nos últimos dois, três... anos de sua vida.

De repente, eis que já é hora do almoço, você se desloca do seu local de onde está, vai rumo ao outro local que é o lugar da ração diária, só que enquanto você caminha, olha para as árvores, casas, prédios, postes, carros, andantes iguais a você, até observa as luzes de cada poste, observa que picharam paredes e aí você tenta decodificar os códigos dos especialistas tribais pichadores, acaba não entendendo nada, pois você lembra-se perfeitamente que é um exímio ignorante no assunto, tudo bem, olha para os jovens; meninos e meninas e nota o quanto são lindos e cheios de vida, observa cada rosto, cada gesto, cada olhar, percebe que a vida salta dentro deles e delas, mas ao virar de leve o rosto, passa a observar os velhinhos e as velhinhas que caminham pelas ruas com passos curtos, bem de leve caminham, ainda que alguns e algumas tenham quase dois metros de altura, alguns e algumas estão com o pescoço para baixo, como que se não pudessem levantar o rosto por causa da idade que chegou e chegou de vez nos seus setenta e tantos anos de idades que ganharam pela mão divina, não, você não acha nada disso absurdo, e então, você topa com o batente da entrada do lugar onde terá que se alimentar, é, chegou, e você nem notou.

Ali, no lugar onde você será fortalecido pela alimentação diária, vê que todos estão vendo você, pode ser que pensaram que, de certa forma, seja você um ET, um Artista famoso, alguma Autoridade Pública, um patinho feio ou um idiota que topara na entrada do estabelecimento, você fica com essas ideias na mente, mas não se importa muito, pois nunca se importou com suas ideias, por serem todas reprováveis, quero dizer, por você mesmo, sim, pois você é seu maior e pior juiz, e desta vez, alguém toca no seu braço direito e pergunta: - Prefere sentar-se mais para o meio ou perto da janela? – Meio aéreo, responde você: - Pode ser ali?

Acomodado, você diz para você mesmo: - Agora, nada de percepções, pensamentos e ou de sentimentos inúteis desnecessários. Você acaba de dizer isso, e nesse exato momento, vem a mesma pessoa e diz: - Quer um cafezinho enquanto providencio a conta? – Você responde: - Hamhan!

Você paga a conta, saindo do local, meio que sem querer, nota que na saída há um batente bem embaixo do umbral da porta de saída, que foi aquela mesma porta de entrada, eis que existem neste momento, todos aqueles olhos interessados, que por acaso e meio que sem querer, adiaram a saída do local, só para observarem se você tropeçará novamente, mas você não tropeça, sai com jeito, com muita hora nessa calma, agora, mais que necessária.

Voltando, você lembra que a cidade era cheia de outdoors, outdoors aqueles que sempre que olhava, via sempre a mesma imagem e ou pintura, posto que diferentes umas das outras, todas, preparadas pelas pequenas, médias e grandes empresas do mundo da propaganda e marketing, e ainda bem que não estão mais ali, pelo menos em relação aos seus olhos com sua mente Gestáltica.

Se a cidade ficou mais humana, sustentável e verde? – Sim, sem dúvida, bem mais humana, sustentável e verde em todo canto que se olha para ela.

Assim, meio que com esses pensamentos toscos, quando pouco se espera, já voltou para casa, trabalhou e ou estudou, enfim, voltou para casa, de volta ao banheiro, de volta ao quarto, de volta à cama, de volta ao sono, logo seus pés estão no chão novamente, é hora de levantar.


E tudo isso acontece de forma que, parece que você vem vendo tudo sempre a mesma coisa.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Tem Gente Demais...

Por Gil Nunes

No mundo todo, somos bilhões de pessoas. Para qualquer parte do mundo que formos, lá há pessoas; centenas e milhares delas. Algumas são iguais, outras são diferentes e outras ainda, são completamente diferentes.

As pessoas, de uma forma ou de outra, estão ligadas e interligadas entre elas. Seja devido aos usos e costumes, seja por causa das leis, estão todas ligadas e interligadas.

Meu Deus, quando penso nisso, chego a ficar desesperado. Afinal, é gente demais no mundo. E, apesar das diferenças, das desigualdades, das necessidades, das injustiças existenciais, essas pessoas se acomodam, que se ajudam, que se educam e que se multiplicam, tornando o mundo cada vez mais habitado. 

Bem, tem muita gente no mundo. Gente simpática, gente boa, gente simples, gente brava, gente magra, gente gorda, gente musculosa, gente nem tão musculosa assim, gente branca e gente negra, gente calma e gente nervosa, gente que ri e gente que chora, gente que olha e gente que não quer ver nada, gente que fala e gente que fica calada, gente perfeita e gente torta, gente brincalhona e gente séria até demais, gente rica e gente pobre, gente que grita e gente que não fala nada, gente interessante e gente que não é de nada, gente que fica, gente que vai, gente que fica perto e gente que fica distante, gente que sonha e gente que é realidade, gente que foge e gente que não foge nada, gente..., gente..., gente... e gente.

Ah, quanta gente no mundo todo. De vez em quando sempre, fico observando as pessoas nas ruas, dentro dos transportes públicos, dentro dos carros, nos mercados, nas padarias, nas praças, e noto que seus olhos estão distantes, muito distantes, eu pensava que isso acontecia somente com uma ou duas pessoas, mas notei que não, muitas outras pessoas passam por isso, parece que elas estão vislumbrando algo ou alguma coisa fora daquela sua realidade, noto que o sorriso delas tenta passar por uma transformação imperiosa, mais que necessária, seria como se quisessem sorrir de verdade, sorrir com o corpo, com a alma, com o sopro de vida que elas possuem.

Existem pessoas que buscam divertimento, outras buscam fixação numa ou noutra religião, outras dão a vida toda pelo trabalho, umas se esmeram em mostrar sua popularidade no âmbito da política, outras se afundam no mundo da literatura, há aquelas que não aguentam ficar sem o mundo dos esportes, outras que respiram vida acadêmica, e outras mais que, não se incomodam com todas essas coisas.

Por vezes, há muitas pessoas no mundo, contudo, poucas se destacam por causa daquilo que são e pelo que fazem. Acredito que as que se destacam, são as que detêm um mistério intrínseco, aquelas que revelam tudo e ao mesmo tempo não revelam nada, aquelas que passam muito do que são, mas que ainda falta muito mais para ser conhecido ou mostrado por elas e pelas possibilidades provocadas pelo relógio natural da vida, do tempo que cada pessoa tem para ser, fazer e viver junto com outras pessoas nesse mundo todo, de modo, ligado e interligado.

Certa tristeza paira no ar, quando uma dessas pessoas que se destacam na vida, essas que têm luz própria, que além de iluminarem a própria vida, iluminam de forma natural e sobrenaturalmente a vida de todas as pessoas que têm de um jeito ou de outro, o privilégio de interagir com elas, sim, a tristeza de vê-las partindo, deixando nosso meio, mesmo que elas morem a milhas e milhas de distância de nós. Até parece que perdemos uma pequena parte do Céu, que o doce não terá mais o seu sabor, que as Estrelas e a Lua não brilharão mais.

Todavia, é também, momento em que raciocinamos mais sobre a vida, sobre nossa própria vida, sobre o que somos e o que faremos da nossa existência. Momento de reflexão ou de frouxidão para com as exigências distanciadas da realidade da necessidade de viver com abundância de vida. Pouco paro para pensar nisso tudo, mas penso e chego à algumas conclusões.

Olhe você mesmo (a) para sua vida, observe o que acontece em sua volta e em outros cantos do mundo e fale se há ou não algum sentido.

Toda receita de vida para se viver melhor é inata, e só serve para a vida de quem tem vida, pois quem não tem vida, mesmo estando com receitas prescritas por outrem, não conseguirá ser conforme a receita dada ou comprada, será apenas um mero ser que tenta entender e realizar aquilo que alguma outra pessoa tem por natureza; exalar vida para si e para os outros.

Tem gente demais no mundo, mas só algumas pessoas se destacarão e se tornarão eternas.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Minha Alma é Negra

Por Gil Nunes

Sabe o que vai acontecer? Sua vida vai passar de maneira rápida. Quando você menos esperar, pronto, serão 70 Anos, nesse ínterim, certamente, eu sei, você sabe, e todo mundo sabe que, coisas boas surgiram e outras bem piores também. Mas e aí? Essa foi sua vida, foi o que você tinha para viver.

Acontece que, todos nós temos nossa história para viver e contar. Cada um tem a sua. Cada um vive do jeito que pode. Uns com mais alegria, outros com muita tristeza e rancor, os motivos são vários, sobra ou falta de dinheiro, vontade a ser perseguida, poder a ser conquistado, vontade de viver, com ou sem condição para isto, entusiasmo, falta de ânimo, brincadeira, seriedade ao cubo, ninguém vai imaginar o que de fato vai ou não acontecer na vida, pois, ela prossegue com sua valia, ou falta de valia, com seus conceitos e ou preconceitos infundados, a vida segue.

Mas eu sou negro, vejo tudo diferente, não consigo enxergar como os que dominam enxergam, eu acredito que todos têm o direito a tudo, a uma vida livre, à liberdade de viver, à liberdade de se expressar; mental, espiritual e corporalmente. Eu acredito que o mundo foi idealizado e feito para todos, sem exceção, sem acepção, sem embromação, sem especulação, sem maldade, sem maldição.

Eu quero crer no amor entre as pessoas. E que todas as religiões levem diretamente ao amor, pois sem o amor, o ser humano não é humano, ele é lixo, é bicho.

Que o homem seja homem e a mulher seja mulher para assumirem as consequências deste amor; por si, pelo outro, pelos outros e pela vida.

Eu, na minha alma negra, não consigo entender por que os que têm querem ter mais e mais. Será que é pelo prazer de morrerem com 100 Anos de idade, ricos?

E as Universidades do nosso País? Sempre haverá aquela conversa de que vai bem quem tem o QI? Tanto para quem vai lecionar, quanto para quem vai estudar? Ou seja, o quem indique sempre valerá mais? E esta forma ou fórmula continuará sendo aplicada também em relação aos cargos públicos?

Ah, mas eu conheci um bom amigo que me leva a conhecer que a vida não é só isso, ou o depois disso, a vida é muito mais, a vida é consciência, a vida é entender as necessidades pessoais intrínsecas e as dos outros, vida é a doação de si em prol dos mais necessitados, dos que estão da sua vista para baixo, dos que estão abaixo de você em dadas situações, posições e ou sentidos.

Eu observo que as pessoas só conseguem olhar do ponto da sua vida de onde estão para cima, nunca para baixo. Elas têm medo de olhar para os que estão na pobreza e ou miséria. Melhor olhar para o mar azul, verde ou de águas cristalinas. Porém, por mais que façam isso, o tempo delas aqui na Terra é limitado, somos feitos de carne e osso, todo mundo é igual, e logo vamos deixar espaço para os que virão depois, mas, o que fizemos das nossas oportunidades?

Estas são as burocracias da vida que, só os que possuem a alma negra, conseguem enxergar claramente.

Vale lembrar que, esporte cega, religião cega, política cega, o amor à luxúria cega, a desumanidade cega, o interesse pelo dinheiro e pelas demais riquezas materiais cegam, mas do que vale tudo isso se a vida é tempo limitado para todo mundo que vive, que é feito de carne e osso como sou de carne e osso do mesmo jeito que você é de carne e osso?

Enquanto você se preocupa com; onde passará as próximas férias, eu estou preocupado com meus irmãos no mundo todo, sobretudo, os que estão nas regiões da África, enfim, com os que estão na janela 10 por 40, que não têm nem o que comer.

Se sua alma é branca, melhor seria se ela fosse alma negra.

Ninguém quer que você dê seu dinheiro. O que se espera é que você tenha no mínimo, uma consciência negra, pelo menos.

sábado, 19 de outubro de 2013

Por Que Isso Acontece?

Por Gil Nunes

Será possível viver somente num mundo de coisas boas? Será que esse mundo de coisas boas, de fato, existe? Se esse mundo de coisas boas existe, onde estão essas coisas boas? Por que as pessoas sofrem tanto se têm tudo que precisam? Como pode existir dor e sofrimento se tudo está no lugar? Por que estragamos nossa vida sem necessidade? Por que nos deixamos guiar pela nossa mente que, por vezes, dói mais que o coração? Melhor seria ser guiado pela mente ou pelo coração? E se está tudo no lugar, por que tanta dor e sofrimento?

Essas e tantas outras perguntas, normalmente, ficam sem respostas. Não há médico, não há remédio, não há nada que traga a cura e o alívio imediato. Pois não é o corpo que dói, toda dor e sofrimento recaem diretamente na alma. 

Pelo mundo todo, existem pessoas sofrendo desse jeito. Trata-se de uma dor e sofrimento que surgem não se sabe de onde, como, quando e por que aparecem, que, frequentemente, de maneira estranha e inusitada. 

Pode-se dizer que, a resposta está numa religião, num remédio especial, num médico de renome, numa viagem para um lugar fantástico no mundo, numa praia deserta, num cruzeiro, numa realização pessoal, numa graduação acadêmica, num sucesso na profissão, numa amizade infalível, num casamento perfeito, numa casa dos sonhos. Mas não, as respostas não são estas, elas não resolvem, no entanto, a dor e o sofrimento continuam ali, perturbando, prejudicando, atrapalhando, causando toda a infelicidade do mundo na vida da pessoa que sofre, que sente, que não consegue se libertar disso com toda ajuda do Universo à sua disposição.

Quem sabe, seja preciso que a própria pessoa descubra por si mesma, como resolver todo esse dilema de sua existência. Por outro lado, não há como lhe ensinar o jeito certo para que isso aconteça, ela terá que descobrir por conta, ela terá que juntar a capacidade dela com a força de vontade que possui para entender todos os acontecimentos nela e à sua volta.

Algumas pessoas conseguem, outras não. Algumas não conseguem por serem impacientes, sobretudo, com elas mesmas, com o tempo de duração das situações supervenientes, às vezes, também, por causa da evolução das situações prejudiciais contrapondo-se à falta de motivação para continuar lutando contra tais situações em circunstâncias iguais, repetitivas, em outros momentos, completamente diferentes e adversas. 

Algumas pessoas vão rotular as que sofrem tais problemas de; fingidas, medrosas, obcecadas, doentes espirituais, ociosas, dentre tantos outros nomes que darão. Ocorre que, trata-se de algo sério, que merece cuidados, porém, tais cuidados, não podem e nem devem ser sufocantes, essas pessoas precisam respirar, precisam sentir a liberdade fluindo nos poros das suas células, se não, entram em parafuso, se aprofundam na dor e no sofrimento.

Quem tem uma dessas pessoas por perto ou aos seus cuidados, sabe que todas as respostas devem ser encontradas por ela mesma, pela própria pessoa, este é o direito que tem e a liberdade que precisa para se ver livre da dor e do sofrimento.

Por que isso acontece? – Eu não sei.

domingo, 13 de outubro de 2013

Vivendo a Vida do Jeito que Vivem as Crianças

Por Gil Nunes

Por um momento, nem que seja por um curto prazo de momento, gostaria de imaginar nossa vida com o jeito, pensamento, sentimento, entendimento das crianças.

Quero dizer, mesmo após a ocorrência de todas as modificações físicas e mentais sem jamais mudar nosso espírito de criança no que somos de verdade.

Gosto de imaginar as pessoas compartilhando a vida sem a criação de regras destruidoras da realidade infantil nelas.

Em qualquer parte do mundo, podemos observar que as crianças são dadas, elas não pedem a identificação das outras para criarem um mundo de amor e amizade entre elas, elas simplesmente dizem; vamos brincar?

É verdade que as crianças são mimadas, todas elas são, não há uma criança no mundo que não seja devidamente mimada, até as pessoas adultas são mimadas e isto é fato.

Ocorre que a forma mimada de uma pessoa, pode ser também a marca registrada dela mesma, digo, o DNA dela.

Eu desconfio de uma pessoa que não seja mimada, vez que se as crianças, todas elas são mimadas, por que não seríamos todos mimados também?

Acredito que as crianças não se preocupam com ontem e nem com amanhã, elas aproveitam o hoje de um jeito todo especial sem mesmo saberem que estão aproveitando ao máximo tudo isso.

Lembro-me como se fosse hoje, minha mãe me chamara para dormir, quando já era 01h30 da manhã, e o que eu e outros colegas (amigos e amigas) fazíamos na rua? – Estávamos brincando de diversas maneiras, na verdade, inventávamos brincadeiras, era uma  noite de verão, e íamos todos exaustos (suados) para casa.

Lembro-me também, de todas as manhãs em que eu acordava com o som das músicas no bairro, era uma cidade pequena no interior de Minas Gerais, porém, para aonde íamos, nos deparávamos com pessoas ouvindo músicas, cantando e tocando algum instrumento, cresci em meio a tudo isso.

Tenho uma grande influência na minha vida das pessoas negras com suas culturas, inclusive em relação ao gosto de músicas que elas tinham.

Na primeira vez que surgiu a Série Raízes, na década de 70, aquela que contava a história da libertação dos escravos, simplesmente vibrei, me identificando com cada uma daquelas pessoas destruídas por causa da criação das regras feitas por outras pessoas que perderam a inocência infantil nelas mesmas, segundo elas, creio, talvez pensavam que tinham se tornado “adultas”.

É por isso que hoje, não consigo enxergar a cor da pele na pele das pessoas, para mim, todas as pessoas são iguais; por dentro e por fora.

Também, desde criança, sempre tive a iminência de que tenho somente um dia de vida, ou um dia somente para viver, de dia em dia, sempre me vi assim, então, dentro dos limites básicos necessários, aqueles que uma criança não deve jamais ultrapassar para não quebrar sua doce inocência, sempre vivi a vida sem me preocupar se terei alguma coisa para comer, vestir, onde me abrigar do Sol, da chuva, do frio, da escuridão, do ataque das doenças, da desumanidade desumana das pessoas que se dizem humanas.

Já com meus 7 anos e meio, chorava de tristeza por causa das guerras que os homens criavam com a desculpa para destruírem vidas, que na maior parte, inocentes, hoje, posso observar que nada mudou, neste aspecto, a história sempre se repete, e o motivo é o de que as pessoas cresceram, se tornaram adultas e suas prioridades são absolutamente outras, aquelas que não podem ser supridas sem dinheiro e poder.

Mas me imagino junto com as pessoas numa forma de partilhar e compartilhar com elas. Não quero mudar nada em relação a isso. Quero ter somente minha porção acostumada. Sei que sou por demais criticado por isso. Mas não me importo. Aliás, nunca me importei. Não gosto de correr, me matar por causa do dinheiro e do poder. Sei que as crianças não fazem isso e por isso elas são felizes. Se alguém quer aprender a viver de verdade, tenha seu coração como o coração de uma criança. Este é o segredo.

E pelo que vejo, não adianta fugir disso, pois, quanto mais nos adentramos na terceira idade, mais vamos nos identificando mais e mais com a vida de criança. Basta olhar para a vovó e para o vovô, vejam se não estão se tornando crianças outra vez. Acredito que sim. Crianças outra vez.

Durante minha vida toda, até aqui, o que mais ouvi, foi crítica sobre crítica por causa desta minha forma de enxergar as pessoas do jeito que enxergo e assim vivo interagindo com elas.

Uma das coisas mais tristes que posso enxergar nas pessoas é a falta do ar da graça delas, a falta da naturalidade essencial que antes elas possuíam quando eram crianças.

A graça pessoal relativa à essência de uma pessoa é o tudo de bom que precisamos nela, para que, sendo ela do jeito que é, sendo ela mesma, torna o mundo um pouco melhor, mais colorido, mais vivo, mais aquecido, mais deslumbrante em todos os sentidos.

Com isto, posso entender que jamais podemos e nem devemos apagar o brilho das pessoas, o brilho inerente à elas mesmas, o brilho com o qual nasceram.

E é isso que ocorre, por causa das perturbações da vida, se não cuidarmos, vamos perdendo o brilho inato, o brilho da vida, o brilho de sermos o que somos essencialmente antes de interagirmos com tudo aquilo que vai transformando a vida num caos sem precedente, tirando de cada um de nós, nossa essência de criança.

Não estou falando que devemos ser crianças de forma literal ou de nunca termos crescido fisicamente ou de não termos nosso desenvolvimento mental / intelectual. Não, não é isso que deve acontecer. Falo da questão essencial, da forma pura e amável com a qual precisamos interagir uns com os outros.

Precisamos deixar de pensar naquilo que traz a infelicidade nossa e das outras pessoas. Isto acontece por causa da falta da consciência pura que habita nas crianças e não nas pessoas de maneira geral.

Afinal, qual é a luta de hoje, não foi a mesma luta de ontem e não será a mesma luta de amanhã de uns contra os outros?

Sim, a luta é sempre a mesma; dinheiro, poder, notoriedade, fama, prova da moralidade pessoal, imposição da ética pessoal e coletiva, imposição religiosa, imposição das regras sem que ninguém seja devidamente tratado com os cuidados pelos quais uma criança precisa ser tratada, e nem mesmo as crianças são tratadas como crianças, antes são destruídas pelas ações dos mais fortes sobre os mais fracos, vez que as crianças, quando estão do lado mais fraco, sofrem, são mortas, são destruídas, elas que nos ensinam tantas coisas boas e maravilhosas da vida.

Não que não tenhamos escolhas, temos escolhas sim, podemos agir diferentemente de tudo que fizemos até hoje. Podemos mudar o mundo a partir de nós, nem que seja em nós mesmos, pelo menos, e isto, bem, isto já seria maravilhoso.

O grande problema das pessoas é que elas querem fugir de serem ridículas, não querem fazer o papel de crianças, elas querem mostrar seu conhecimento, o quão são respeitadas nas suas profissões, nas universidades na forma de alunas ou de professoras, elas querem fugir dessa possibilidade de serem taxadas de criancinhas, mas uma pessoa ser vista desta forma é a forma mais digna e legítima, pois somos todos crianças que cresceram e muitas se tornaram outro tipo de ser prejudicial à essência, agora, apagada nelas por causa dos interesses que têm e das escolhas que fizeram e vivem fazendo aqui e ali por causa disto ou daquilo.

Você já se olhou no espelho a fim de se enxergar e perguntar a você quem você é de verdade? Ou já fechou os olhos a fim de sentir a própria respiração com o mesmo propósito? Por acaso já se dirigiu ao Mar e fez a mesma pergunta? Seria demais eu lhe perguntar se você já levantou seus olhos aos Céus e fez isto também? Já se imaginou em outras situações se você não fosse você? Já se beliscou algumas vezes só para saber se é de fato uma pessoa viva? 

Sabe como uma criança órfã pensa? – Ela não escolhe as pessoas que cuidarão dela, ela simplesmente espera ser escolhida, porque se for escolhida, será e poderá ser a criança mais mimada do mundo.

Pois, somente as crianças sabem claramente que, não importa quem elas possam escolher, mas sim, quem as escolheram. E por isso, elas serão as crianças mais mimadas do mundo, pelo resto da vida.

Ser criança ou viver como se criança fosse sem fugir das responsabilidades é um modo maravilhoso de viver sem medo de ser terrivelmente criticado por pessoas que não sabem o que significa viver a vida do jeito que vivem as crianças.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Criação de Filhos / Filhas

Por Gil Nunes
Será que se perguntarmos para pais e mães que terminaram sua tarefa de criar seus filhos, poderão estes, dizer com toda certeza que realmente fizeram a coisa certa?

Não, eu não falo daqueles pais e mães que disseram para seus filhos e filhas; Deus lhe crie.

Refiro-me aos pais e mães que de fato dedicaram suas vidas aos seus filhos desde bebês.

Aqueles que por vezes, mudam completamente a vida pessoal e profissional só para dar a melhor condição de vida para os filhos e filhas.

Aqueles que levam seus filhos e buscam, desde o berçário, até a graduação Universitária, que nunca se cansam, que nunca reclamam, pois têm dentro do mais profundo sentimento paterno / materno, que fazem algo divino / maravilhoso, quando servem seus filhos e filhas.

Eu conheço pais e mães assim, ser pai, ser mãe, trata-se de uma vocação para a vida toda.

Quem é pai, quem é mãe, vai lembrar-se daquele momento da espera do filho, da filha.

Ele / Ela, ainda na barriga da mamãe, amado / amada por aquela mãe de nariz e pernas, inchados pelas transformações hormonais, mamãe esta que faz mil projetos em torno daquele (a) bebê que está por nascer, mamãe que passa o dia todo conversando com seu (sua) bebê, mamãe que vira amiga muito antes do (a) amigo (a) nascer.

O papai, ao chegar do trabalho, ou ao se encontrar com a mamãe que estava trabalhando, talvez para busca-la no trabalho dela depois do expediente, outro bobo, o tempo todo falando com seu (sua) bebê, antes passara na livraria e comprara dezenas de livros infantis e outros de como ser um bom pai / uma boa mãe, verdadeira festa o tempo todo na expectativa da nova vida que vem chegando, que logo chega para enfeitar a casa toda, que tem prazo certo para chegar, que vai deixar a casa muito mais perfumada com seu cheiro de sabonete, talco, perfume, roupa...

Ah, e aquele bercinho lindo? E os brinquedos que os pais fazem questão de joga-los todos na sala, nos quartos, nos corredores, na cozinha da casa? Tudo isso para criar mais e mais expectativa da chegada dele / dela; filho / filha.

Há a parte da conversa com o obstetra, as visitas ao consultório, as orientações médicas, as idas e vindas, a passada nas lojas dos bebês para ver as novidades e comprar o que for preciso, aquilo que ainda falta para que o (a) bebê chegue num lugar de esplêndido conforto como prova de que de fato e por direito é amado / amada.

A mamãe fica manhosa, o papai fica mais dedicado, tudo fica lindo, maravilhoso e ao mesmo tempo, assustador, afinal, está para chegar uma nova vida na família.

E, de repente, chega o grande momento, o momento em que dona cegonha resolveu entregar o (a) bebê à mamãe, para com isto também, deixar o papai feliz.

O dia do nascimento é sempre o especial, trata-se de um dia completamente diferente de todos os outros dias que já existiram.

Não importa se o dia tem Sol ou não, se a noite é de Lua cheia ou apagada, pode chover ou não, faça frio ou calor de fritar ovos, a hora pode ser qualquer uma, contanto que seja a hora do nascimento do (a) filho (a) esperado (a), querido (a), amado (a), agora, mais que necessário (a), seria como que, não seria mais possível pensar em vida sem pensar naquele novo ser que surgirá de um modo surpreendente e mágico para transformar a vida de todo mundo.

Oh, meu Deus, como podemos ser assim, loucos por uma criança que vem como que de presente de sua parte a nós?

Como podemos ser desmiolados a tal ponto de até esquecer-nos da própria vida?

Não vejo qualquer explicação, até hoje não encontrei explicação para a loucura de se ter um filho / uma filha, é muito para mim, diz o pai, diz a mãe.

Então, a mamãe recebe seu filho / sua filha nos seus braços, e dali em diante, eis que começa uma grande aventura no inter-relacionamento entre todos em casa, no seio da família.

O final só se sabe, depois que o recém-nascido se casa e passa pelos mesmos atos / gestos do seu pai / da sua mãe na vida adulta.

Depois de muitos anos, pude aprender que cada família tem seu jeito inerente de criar seus bebês até a vida adulta.

Às vezes o jeito certo é ao mesmo tempo o jeito errado, entretanto, o jeito errado poderá ser o jeito certo.

No fim, entendo que o resultado que, depois, dará o filho / a filha, há de demonstrar se o jeito fora certo ou errado na forma dos cuidados na criação.

A reciprocidade é o que mais queremos do filho / da filha, queremos retribuição do carinho, das histórias que contamos, às vezes até de olhos fechados por causa do sono e fora de hora, vez que ele / ela, sem sono, queria ouvir as mais mirabolantes histórias ou estórias aos seus ouvidos, transformando a falta de sono dele / dela, num adormecer profundo até o dia seguinte, para depois, tudo se repetir novamente.

Acredito que o que muda, é o estado de sentimento, de pensamento, de espírito, a água que bebemos é a mesma água de muitos anos, mas, também, não é mais a mesma água, a comida passa a ter novo sabor, os lugares onde antes percorríamos, eram os mesmos lugares, porém, eis que esses lugares foram transformados como que num estalar de dedos, durante a noite, parece que tudo ficou mais brilhante, do mesmo jeito que acontece numa noite de Natal, tudo fica colorido, só que não se sabe se de fato tudo está colorido ou se nossos olhos ganharam coloridos especiais, o cheiro do perfume das flores das árvores adentra nossas narinas de um modo que passamos a respirar cheiro de madeira / folhas verdes, e se tomamos um banho ao cair da tarde ou logo pela manhã, pronto, tudo fica diferente mesmo, mais ainda.

Acredito que o que fica no ar, na nossa alma, na nossa vida, é o amor que sentimos por ele / por ela, nosso filho / nossa filha, nosso bebê / nossa bebê.

Certa vez ouvi uma mãe falando para sua filha, só que ela falava baixinho; minha filha, que Deus lhe proteja. A mamãe ama você. – Naquele momento a filha estava a dezenas de quilômetros daquela mãe preocupada com o bem-estar da sua querida filha.

A amizade entre pai / mãe e filho / filha, tenho comigo que seja o verdadeiro sentido do amor e da reciprocidade que tanto almejamos na vida para a vida toda.

domingo, 1 de setembro de 2013

Quando o Lixo Transborda

Por Gil Nunes
 
Gosto da ideia de que, quando ensinamos uma criança a caminhar num caminho bom, cheio de coisas interessantes, isto é, com um pouco de cada coisa boa que lhe sirva para seu bom desenvolvimento infantil, preparando-a para a pré-adolescência, depois para a adolescência, e depois ainda, para a juventude, e mais, também, para a vida adulta, sem sombra de dúvida, ganha a família, ganha a sociedade onde ela está inserida, ganha o país onde ela nascera e ganha o mundo todo com isso.
Portanto, somos todos responsáveis pelo bom desenvolvimento da pessoa humana, desde sua infância, até sua vida adulta... Continuando, por meio do respeito e carinho, na velhice.

Não é sem necessidade que existem, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso, tudo isso, visando, tranquilamente, o bem-estar deles.

Há ainda, a Lei Maria da Penha, esta Lei foi criada para dar maior proteção à mulher no seu dia a dia, mas não só à mulher em si, mas ao homem também, caso este, seja espancado pela mulher, trata-se de uma Lei que protege a relação dentro do convívio familiar com vistas à proteção a todos nas relações familiares, a fim de que fiquem longe da violência.

Além da nossa Carta Magna, que garante a todos, a dignidade da pessoa humana.

Entretanto, todos esses preceitos, acabam sendo prejudicados, por falta de serem observados, na fonte onde nasce, ou venha nascer, o ponto primário da violência.

Esse lugar nascente, sem qualquer dúvida, é o lugar onde nasce a informação primária à grande massa, lugar este, que está entre a pessoa e um simples clicar com apenas um dedo para obter-se toda e qualquer informação com ou sem censura.

O jornal escrito, nem todo mundo compra, mas o jornal televisivo, por ser mais barato para quem tem TV aberta, este sim, está a um clique da pessoa com a informação.

A grande contradição está na diferença entre TV aberta e TV paga; na TV aberta, há uma infinidade de tranqueiras para assistir, já na TV por assinatura, bem, por este veículo de comunicação, o grau de qualidade de informação que é transmitida é bem mais elevado.

Então, se o grau de informação é bem mais elevado, quero dizer, de primeira linha, nas redes televisivas pagas, por assinatura, por que nas TVs canais abertos, são despejados, dia e noite, esse monte de lixo televisivo?

Por que obrigam as pessoas que têm menor poder aquisitivo, a assistirem toda essa podridão sanguinária, fomentada por diretores e jornalistas televisivos que só se preocupam com seus altos salários, contudo, sem qualquer caráter e sem um mínimo de bom senso?
Será que esses donos de redes televisivas, esses diretores, esses jornalistas inescrupulosos não entendem que estão plantando o condicionamento perpétuo das pessoas nas ruas?

De onde vem toda essa violência que acontece nas ruas, por ventura não vem das salas e dos quartos onde estão televisores ligados na tomada chegando pelas antenas?
Eu sei que, pelos altos salários que eles ganham, não deve passar qualquer tipo de preocupação na mente corroída pela ganância e desvalorização da vida humana, seus carros, com certeza, são blindados, suas casas, são plantadas em condomínios fechados com forte aparato de segurança tecnológica e física. Mas, e os outros?

As outras pessoas não têm condição para tudo isso.

Elas estão morrendo todo dia; dentro das suas casas, nas ruas, nas estradas, até na zona rural vem chegando o plantio da violência por meio das antenas parabólicas.

O ser humano tem por natureza, com mais facilidade, desenvolver seu lado negativo, tudo que não presta, aprende-se num estalar de dedos, já para aprender e exercer coisas boas, dignas de serem louváveis, demora-se uma vida toda, e ainda assim, há quem não aprende.
Se um adolescente assiste na TV, outro adolescente espancando outro adolescente, o que este adolescente vai aprender?

Se a televisão mostra um acompanhante de idoso, espancando um idoso, o que os acompanhantes de idosos aprenderão com isso?

Se um homem presencia uma mulher sendo espancada na TV, o que ele vai aprender com isso?

Se uma mulher assiste na TV, outra mulher batendo no seu marido ou companheiro, o que ela aprenderá?

Se a TV ensina como são estourados os caixas de bancos, o que aprenderão aqueles que já estão propensos a esse tipo de criminalidade?
Sendo comum mostrar na TV, pessoas sendo assassinadas literalmente por meio de câmeras internas e externas dos estabelecimentos comerciais e das portarias dos prédios, com isto, os jornalistas e seus pares, não estão banalizando a morte?

Será que a única alternativa é a de apresentar a desgraça alheia como se de fato defendessem os que vão morrendo no dia a dia?
Será que esses que se dizem profissionais da mídia e do jornalismo, conseguem dormir depois de despejarem esse monte de lixo na mente das pessoas que não têm força para desligar o televisor, sim, pois não adianta trocar de canal, cada canal é pior que o outro.

Acredito que o Poder Executivo, tem o dever de impor uma Lei que ajude às outras Leis criadas, protetivas às pessoas, Lei esta, que force esses empresários a despejarem menos lixo e mais conteúdo à população para que não aprenda com eles a fazer um monte de coisas que não prestam e que destroem a vida.
Será que há algum jornalista que se preze lendo isto que acabei de escrever? Será que há algum jornalista diretor da programação que seja capaz de pôr estas ideais em prática com vistas a ensinar nosso povo que o ser humano é gente, gente humana, gente que presta, gente que não é inseto, gente que tem coração, que ama e protege seu igual e seu diferente?

Será que a Presidente Dilma Rousseff tem algum assessor que leia o que acabei de escrever e repasse esta visão de liberdade de imprensa, não só para a imprensa, mas para quem recebe aquilo que a imprensa despeja sem parar na alma das pessoas?
Eu acredito que merecemos mais, merecemos o melhor, merecemos sair nas ruas sem medo de assalto e ou de qualquer agressão.

Entendo que só a educação tem o melhor jeito, para, de maneira orvalhada, levar as pessoas a utilizarem seu lado do bem, haja vista as campanhas de educação no trânsito, com isto, se pelo menos 80% da programação televisiva fosse de coisas boas e educativas, as pessoas seriam melhores, e também, por demais, educadas. Não é assim que acontece nos países de primeiro mundo?
Eu nunca gostei de dinheiro sujo advindo de dolo. Será que só eu penso assim? Não há mais ninguém que tenha a mesma visão e lute para que nosso Brasil mude para melhor?

sábado, 31 de agosto de 2013

A FORMA NÃO ANULA A ESSÊNCIA

Por Gil Nunes

De quando em vez, precisamos sair da mesmice daquilo que somos, posto que dentro da lei dos homens e da lei de Deus.

Precisamos encontrar uma forma que possa falar por nós, nos sentimentos, nos pensamentos, nas ações, nos atos, nas prospecções, nas possibilidades diversas em que sejamos capazes de nos jogar dentro de uma interatividade que proporcione uma motivação que fale a nós mesmos que estamos acordados, que estamos vivos para nós e também para os outros.

Não se trata de mudança da forma, mas de se voltar para a forma, aquela que nasceu juntamente com nossa essência, com nosso eu sem aquelas mudanças que despejaram em nós motivadas pela força das obrigações institucionais, quer sejam pelo Estado, pela Sociedade, pela Religião ou por causa de um estado imperceptível de nossa parte que deixamos por bem; ir do jeito que for.

Algumas pessoas se assustam quando observam que alguma mudança na forma ocorrera, entretanto, se for para dar satisfação às pessoas que por força daquilo que elas são antes da mudança da forma que ocorrera em nós, certamente, retornaremos à estaca zero.

Todavia, não é isso que queremos, queremos sim, evoluir numa dimensão de retorno às nossas raízes, não da Terra, nem dos costumes da nossa infância e ou juventude, mas às raízes do que somos na nossa essência.

Quando falo em essência, falo da nossa própria respiração, das nossas células, de cada pontinho do nosso corpo, da nossa mente e do nosso espírito.
Somos por natureza, seres individuais, não há ninguém no mundo que seja exatamente do jeito que somos, e isso demonstra o quanto somos especiais neste mundo, cada um de nós, independente do lugar onde nascemos ou de qual raiz genética tenhamos descendência, somos único neste imenso Universo.

Eu valorizo muito a coletividade, porém, a individualidade precisa ser preservada para que o mundo permaneça dentro do seu maravilhoso equilíbrio.
Quando falo em coletividade, falo em aglomerado de gente, não falo de institucionalidade.

Nenhuma instituição está acima da coletividade de pessoas e nem da individualidade de uma pessoa quando esta não prejudica a coletividade e ao mesmo tempo, a individualidade de todas elas individualmente.
Não sou anarquista, nem pretendo ser, todavia, não me adapto a seguir ordens dos que gostam e preferem o fascismo.

Deus nos criou livres, liberdade é não ficar preso a preconceitos e formas humanas, criados pelos homens, isto, segundo seus nefastos interesses medíocres / hipócritas.
Os homens falam de liberdade, mas estão presos; uns de um jeito e outros de diversos outros jeitos.

Alguns dão o nome à falta de mudança da forma; tradição.
Então, se a tradição for mantida porque não se quer mudar a forma, evidentemente, a essência fica no prejuízo.

O que quero dizer é que quando usamos nossa essência para interagirmos uns com os outros, essa mesma essência tende a nos motivar para algo melhor evolutivo.
Já a tradição tende a criar hipócritas e medíocres, vez que não se pode ser quem se é essencialmente, ou seja, não se respeita o indivíduo na sua individualidade para que produza com o que é na essência a fim de que nasça junto com a movimentação essencial, coisas boas e novas que sirvam de riquezas para todos.

Portanto, não há que se falar em fulano tem que ser assim ou sicrano tem que ser daquele outro assim, pois nem sempre olhamos com o mesmo foco de perspectiva, de sentimento, de pensamento e ou de inteligência.
Há pessoa que não se dá nada por ela, mas de repente, eis que a pessoa é muito mais do que aquilo que se poderia focar, prospectar, sentir, pensar e ou entender.

Conquanto, provavelmente, seja pessoa fora da forma habitual (usual), quem sabe, a dita chamada patinha feia, porém, é essa mesma pessoa que faz o mundo ser melhor aqui, ali ou em qualquer outra parte do Planeta.
A forma mudada ou voltada para nossa própria raiz intrínseca; genética/psicológica/espiritual, não anula a essência daquilo que somos em nós mesmos, do jeito que somos para sermos do jeito que somos, e não do jeito que os outros querem que sejamos para eles.

Às vezes, é melhor tomar um café preto, e não ficar pensando nessas coisas horríveis que as pessoas fazem umas com as outras por causa dos seus “motivos” ridículos, preconceituosos, minados pela arrogância e prepotência do cacoete da imitação entre elas mesmas por falta de um mínimo de criatividade e de sensatez, pois que, sem valia diante da liberdade que nos é de direito por natureza e não porque alguém tenha nos dada como pensam algumas incautas presunçosas pessoas, que, quem sabe, por participarem de alguma instituição da qual, antes não participavam, que por sinal, agora, mortas em si mesmas, por falta do exercício da própria essência que norteia todo e qualquer ser humano de verdade.
Se você coloca a instituição da qual você faz parte, maior do que você e maior do que os outros, você morreu e esqueceu-se de se enterrar.

Pense nisso e tente mudar essa forma capenga na qual está presa sua alma que sofre e você nem percebe.

Saia do circulo vicioso que lhe aprisiona, talvez por causa do alto salário, quem sabe, por causa da fama que possui ou do poder que adquiriu.
Quando você aprender a se respeitar e não ser mais um mero repetidor dos cacoetes dos costumes que lhe encucaram ou que tenha se deixado encucar, quem sabe assim, de fato, você consiga voltar às suas próprias origens.

A alternativa que lhe ofereço é a de fazer de conta que não leu nada disso que acabei de escrever. Lembre-se da sua liberdade de escolha. Não quero forçar você a fazer aquilo que não queira, porque se assim fosse, seguramente, cairíamos no mesmo erro que aqui repudio.
Por fim, só acho engraçado quando pessoas são prepotentes por causa da posição que ocupam ou da instituição na qual são empregadas ou delas fazem parte por associação.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A Riqueza

Por Gil Nunes

Estamos todos propensos a buscarmos riquezas lá fora. Não importa onde seja o lugar, desde que seja lá fora.
Fora da nossa casa, fora da nossa Escola, fora da nossa Vida, fora. Lá fora.
Procuramos a riqueza no dinheiro que as pessoas têm.
Queremos nos sentir diferentes, desde que essa diferença nos eleve a um patamar superior de riqueza; seja de título ou de dinheiro.
Meu Deus, mas aonde vai parar tudo isso?
Eu, sinceramente não sei. Mas deve parar em algum lugar.
Eu não fico pensando sobre essas coisas.
Mas as pessoas pensam. Bem, eu não me proponho a controlar a mente das pessoas.
A vida é tão complexa; racional por demais e irracional, de repente sem qualquer valia.
Oh, vida, doce vida, quem lhe ensinou a ser assim, tão esquisita?
De igual modo não encontrei ninguém que estivesse disposto a discutir as mazelas da vida.
Bem, decidi não me preocupar sem a necessidade necessária básica a qualquer ser humano que pensa pelo menos um pouquinho.
E, de pouquinho e pouquinho, vamos vivendo até onde for possível viver.
Eu nunca tive a pretensão de ser dono de alguma coisa, vez que o dono sofre muito, está sempre preocupado com a coisa.
Prefiro viver sem ser dono e sem ser pertence de alguém.
Pretendo viver, tão somente viver, sim, porque foi para isso que nasci, para viver, pura e simplesmente.
Hei? Não se afobe, meu tempo é o tempo suficiente para que uma pessoa viva, e saiba, não tomarei em nada o ar que você precisa para viver, não quero nada a mais além daquilo que tenho para ser e viver pelo tempo que tenho.
Não, não sou cobiçoso, não quero nada que pertence a outrem.
Aliás, nada tenho.