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sexta-feira, 13 de julho de 2012

METAFORICAMENTE

Por Gil Nunes


A estrada está bem diante dos seus olhos, quem poderá lhe impedir de seguir em frente? Você sabe que essa estrada lhe levará às descobertas da vida, ela é um caminho que lhe proporcionará uma virtude jamais alcançada., trata-se de uma estrada a ser seguida sem rumo e sem destino., mas, e você? Está disposto(a) a segui-la? Onde está sua coragem? Você é capaz de se desvencilhar dos conceitos e preconceitos adquiridos ao longo de toda a sua vida?

Percorrer uma estrada sem rumo, sem norte, sem porquê, sem noção, sem racionalizar, sem pensar, sem criticar, sem pormenorizar, sem medo, sem se importar, sem se arrepender, sem planejar, sem chorar, mas percorrer e percorrer sem parar, indo, caminhando, correndo, olhando para o horizonte, sem olhar para trás, lhe assusta? Ou lhe encoraja a continuar percorrendo a estrada?
Nessa estrada você poderá desfrutar do bom e do melhor, mas poderá também experimentar dificuldades e privações, não de maneira decadente, mas de um modo de necessidade jamais tida ou sentida, os lugares por onde passar, uns serão deslumbrantes, outros emocionantes, e outros mais, decepcionantes., e então? Está com medo?
Imagine, mas peço que imagine de verdade, nessa estrada tem lindas árvores, plantas diversas, frutos que você nunca teve oportunidade de degustar, sensação e percepção inimagináveis, sim, existem diversos jardins na beira dessa estrada, flores com seus cheiros individuais que quando se misturam, criam outra espécie de cheiro jamais sentido, pode ser que você tenha alguém para percorrer junto com você essa  estrada, pode ser que vocês encontrem outras pessoas interessantes na estrada, pode ser que algumas lhes tragam imensa satisfação, e outras, bem, outras poderão trazer-lhes aborrecimentos e tristezas., todavia, sabemos que aborrecimentos e tristezas são inevitáveis., as flores são lindas e têm seus espinhos.
Posso garantir com a mais absoluta certeza de que ao término dessa estrada, você e quem estiver com você percorrendo-a do início ao fim, não serão mais as mesmas pessoas., se tornarão outras completamente diferentes, porém, melhores, mais experientes, mais cheias de coisas boas e um pouco de coisas ruins, ocorre que o que é bom predominará e os resultados serão por demais satisfatórios.
Após o término dessa aventura desventurosa e ao mesmo tempo emocionante, possivelmente sem provimento de qualquer razão, os olhos olharão de uma maneira profunda e cortante, eles dirão tudo o que os lábios jamais foram capazes de dizer um dia., os semblantes dos rostos estarão com uma densidade suavizada, e as linhas faciais mais delineadas, pode até ser que um novo estilo tenha surgido, entretanto, são as mesmas pessoas, as mesmas pessoas um pouco melhoradas.
Essa estrada só será percorrida pelos que não têm medo de arriscar e de seguir em frente., simplesmente seguir., sem certeza, sem conotação, juntando a fraqueza num sentido diferente de se buscar fortalecimento sabe-se lá como, contudo, a todo o momento encontrando um escape, uma possibilidade sem que antes pudessem ter essa tão necessária certeza.
Talvez os que percorrerem essa estrada, não devam pensar tanto nas condições e provisões materiais, vez que o essencial será a vida, a alegria, o prazer de ser feliz e de fazer outros felizes, não de um jeito premeditado, a espontaneidade é uma princesa que sabe aformosear o coração.
A estrada está bem em frente dos seus olhos. Você pode sentir e perceber como se dará o início de percorrê-la, ela é atrativa e ao mesmo tempo intrigante, sim, porque nela, você não tem certeza alguma., e então? Quer percorrer essa estrada? Decida enquanto pode. 

terça-feira, 3 de julho de 2012

NÃO SE CONTENTE COM MENOS

Por Gil Nunes
 
 
Por um período de tempo, depois de tanto observar certas situações, cheguei à conclusão que somos feitos de momentos, cada momento nos impulsiona para outro, e assim, sucessivamente.

Entendi que ao vivenciarmos cada momento, precisamos fazê-lo da melhor maneira possível, não há que se falar do que poderia ter acontecido ou de se preocupar com o que poderá acontecer.

Estar ali, em cada momento, de corpo, alma e espírito, fará a mais completa diferença, vivenciar de forma plena, cada segundo, nada de se preocupar com as horas, com os dias, com os meses e com os anos, mas entregar-se completamente à vida na sua mais pura singeleza de ser e estar.   

O que estou dizendo é que isto nada tem a ver com libertinagem e ou licenciosidade, porém, tem a ver com uma linha tênue, entre ser ou não ser, viver ou não viver, sentir ou não sentir, dar-se ou se conter, meio pelo qual, pode-se, por um fascículo de milésimo de segundos, entender o que significa: Abrir a porta para a vida.

Todavia, este é um segredo alcançado por poucos, e até chegar dentro de certa consciência deste fato, há de se percorrer um árduo caminho., e são poucos os que conseguem chegar ao ápice desta plenitude.

Por isso, não há como ensinar, cada um precisa percorrer individualmente o caminho que lhe é necessário para chegar até lá., vez que é certo dizer que não se deve ensinar nada a quem nada quer aprender., ademais, quem poderia ser dono da verdade? Óbvio, ninguém., mas uns têm mais facilidade que outros para entender questões complicadas da vida, contudo, outros não.

Por vezes me deparei com situações contrárias aos meus sentidos, parecia que eu estava nadando contra a maré, dando murro em ponta de faca, correndo contra o vento, fazendo um esforço danado para que algo pudesse acontecer, e, em outras situações, estava eu fazendo de tudo para que algo pudesse acontecer, ocorre que, o que eu não queria que acontecesse, aconteceu, e o que eu queria que acontecesse, simplesmente não aconteceu.

Também, é bom se dizer que, por mais que dependamos dos outros para encher-nos de uma maior felicidade, a inconsciência delas e nossa poderá impedir-nos de partilhar algo na vida, compartilhar, nem pensar, pois se partilhar já é difícil, compartilhar fica mais difícil ainda.

Por último, aprendi que além de compreendermos as dores uns dos outros, precisamos compreender de igual modo, a própria dor., pois, de nada adianta nos cercarmos de um batalhão de amigos que não entendem nada, apenas estão ali para o que der e vier, e isto é insuficiente, o problema não será resolvido, ele continuará queimando dentro da vida de quem sente.

O que fiz certa vez? Apenas encostei minha cabeça num lugar e parei., parei de pensar, parei de procurar, parei de me preocupar, parei de me decepcionar, parei de me perder nos assuntos que poderiam ou não ter dado certo, parei de me culpar, parei de culpar os outros, parei.

E, quando parei, a vida foi tomando conta do que eu sou, deixei que um novo homem pudesse surgir dentro de mim, sem qualquer exigência, meio, modo, acusação, pretensão, expectativa, vontade, desejo, amor, ódio, dor, alegria, imaginação.

Eu não quis mais me contentar com menos, deixei que o andar natural da plenitude da vida prossiga do seu jeito, do seu modo, da forma que queira, mas sem a minha intervenção.