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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Criação de Filhos / Filhas

Por Gil Nunes
Será que se perguntarmos para pais e mães que terminaram sua tarefa de criar seus filhos, poderão estes, dizer com toda certeza que realmente fizeram a coisa certa?

Não, eu não falo daqueles pais e mães que disseram para seus filhos e filhas; Deus lhe crie.

Refiro-me aos pais e mães que de fato dedicaram suas vidas aos seus filhos desde bebês.

Aqueles que por vezes, mudam completamente a vida pessoal e profissional só para dar a melhor condição de vida para os filhos e filhas.

Aqueles que levam seus filhos e buscam, desde o berçário, até a graduação Universitária, que nunca se cansam, que nunca reclamam, pois têm dentro do mais profundo sentimento paterno / materno, que fazem algo divino / maravilhoso, quando servem seus filhos e filhas.

Eu conheço pais e mães assim, ser pai, ser mãe, trata-se de uma vocação para a vida toda.

Quem é pai, quem é mãe, vai lembrar-se daquele momento da espera do filho, da filha.

Ele / Ela, ainda na barriga da mamãe, amado / amada por aquela mãe de nariz e pernas, inchados pelas transformações hormonais, mamãe esta que faz mil projetos em torno daquele (a) bebê que está por nascer, mamãe que passa o dia todo conversando com seu (sua) bebê, mamãe que vira amiga muito antes do (a) amigo (a) nascer.

O papai, ao chegar do trabalho, ou ao se encontrar com a mamãe que estava trabalhando, talvez para busca-la no trabalho dela depois do expediente, outro bobo, o tempo todo falando com seu (sua) bebê, antes passara na livraria e comprara dezenas de livros infantis e outros de como ser um bom pai / uma boa mãe, verdadeira festa o tempo todo na expectativa da nova vida que vem chegando, que logo chega para enfeitar a casa toda, que tem prazo certo para chegar, que vai deixar a casa muito mais perfumada com seu cheiro de sabonete, talco, perfume, roupa...

Ah, e aquele bercinho lindo? E os brinquedos que os pais fazem questão de joga-los todos na sala, nos quartos, nos corredores, na cozinha da casa? Tudo isso para criar mais e mais expectativa da chegada dele / dela; filho / filha.

Há a parte da conversa com o obstetra, as visitas ao consultório, as orientações médicas, as idas e vindas, a passada nas lojas dos bebês para ver as novidades e comprar o que for preciso, aquilo que ainda falta para que o (a) bebê chegue num lugar de esplêndido conforto como prova de que de fato e por direito é amado / amada.

A mamãe fica manhosa, o papai fica mais dedicado, tudo fica lindo, maravilhoso e ao mesmo tempo, assustador, afinal, está para chegar uma nova vida na família.

E, de repente, chega o grande momento, o momento em que dona cegonha resolveu entregar o (a) bebê à mamãe, para com isto também, deixar o papai feliz.

O dia do nascimento é sempre o especial, trata-se de um dia completamente diferente de todos os outros dias que já existiram.

Não importa se o dia tem Sol ou não, se a noite é de Lua cheia ou apagada, pode chover ou não, faça frio ou calor de fritar ovos, a hora pode ser qualquer uma, contanto que seja a hora do nascimento do (a) filho (a) esperado (a), querido (a), amado (a), agora, mais que necessário (a), seria como que, não seria mais possível pensar em vida sem pensar naquele novo ser que surgirá de um modo surpreendente e mágico para transformar a vida de todo mundo.

Oh, meu Deus, como podemos ser assim, loucos por uma criança que vem como que de presente de sua parte a nós?

Como podemos ser desmiolados a tal ponto de até esquecer-nos da própria vida?

Não vejo qualquer explicação, até hoje não encontrei explicação para a loucura de se ter um filho / uma filha, é muito para mim, diz o pai, diz a mãe.

Então, a mamãe recebe seu filho / sua filha nos seus braços, e dali em diante, eis que começa uma grande aventura no inter-relacionamento entre todos em casa, no seio da família.

O final só se sabe, depois que o recém-nascido se casa e passa pelos mesmos atos / gestos do seu pai / da sua mãe na vida adulta.

Depois de muitos anos, pude aprender que cada família tem seu jeito inerente de criar seus bebês até a vida adulta.

Às vezes o jeito certo é ao mesmo tempo o jeito errado, entretanto, o jeito errado poderá ser o jeito certo.

No fim, entendo que o resultado que, depois, dará o filho / a filha, há de demonstrar se o jeito fora certo ou errado na forma dos cuidados na criação.

A reciprocidade é o que mais queremos do filho / da filha, queremos retribuição do carinho, das histórias que contamos, às vezes até de olhos fechados por causa do sono e fora de hora, vez que ele / ela, sem sono, queria ouvir as mais mirabolantes histórias ou estórias aos seus ouvidos, transformando a falta de sono dele / dela, num adormecer profundo até o dia seguinte, para depois, tudo se repetir novamente.

Acredito que o que muda, é o estado de sentimento, de pensamento, de espírito, a água que bebemos é a mesma água de muitos anos, mas, também, não é mais a mesma água, a comida passa a ter novo sabor, os lugares onde antes percorríamos, eram os mesmos lugares, porém, eis que esses lugares foram transformados como que num estalar de dedos, durante a noite, parece que tudo ficou mais brilhante, do mesmo jeito que acontece numa noite de Natal, tudo fica colorido, só que não se sabe se de fato tudo está colorido ou se nossos olhos ganharam coloridos especiais, o cheiro do perfume das flores das árvores adentra nossas narinas de um modo que passamos a respirar cheiro de madeira / folhas verdes, e se tomamos um banho ao cair da tarde ou logo pela manhã, pronto, tudo fica diferente mesmo, mais ainda.

Acredito que o que fica no ar, na nossa alma, na nossa vida, é o amor que sentimos por ele / por ela, nosso filho / nossa filha, nosso bebê / nossa bebê.

Certa vez ouvi uma mãe falando para sua filha, só que ela falava baixinho; minha filha, que Deus lhe proteja. A mamãe ama você. – Naquele momento a filha estava a dezenas de quilômetros daquela mãe preocupada com o bem-estar da sua querida filha.

A amizade entre pai / mãe e filho / filha, tenho comigo que seja o verdadeiro sentido do amor e da reciprocidade que tanto almejamos na vida para a vida toda.

domingo, 1 de setembro de 2013

Quando o Lixo Transborda

Por Gil Nunes
 
Gosto da ideia de que, quando ensinamos uma criança a caminhar num caminho bom, cheio de coisas interessantes, isto é, com um pouco de cada coisa boa que lhe sirva para seu bom desenvolvimento infantil, preparando-a para a pré-adolescência, depois para a adolescência, e depois ainda, para a juventude, e mais, também, para a vida adulta, sem sombra de dúvida, ganha a família, ganha a sociedade onde ela está inserida, ganha o país onde ela nascera e ganha o mundo todo com isso.
Portanto, somos todos responsáveis pelo bom desenvolvimento da pessoa humana, desde sua infância, até sua vida adulta... Continuando, por meio do respeito e carinho, na velhice.

Não é sem necessidade que existem, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso, tudo isso, visando, tranquilamente, o bem-estar deles.

Há ainda, a Lei Maria da Penha, esta Lei foi criada para dar maior proteção à mulher no seu dia a dia, mas não só à mulher em si, mas ao homem também, caso este, seja espancado pela mulher, trata-se de uma Lei que protege a relação dentro do convívio familiar com vistas à proteção a todos nas relações familiares, a fim de que fiquem longe da violência.

Além da nossa Carta Magna, que garante a todos, a dignidade da pessoa humana.

Entretanto, todos esses preceitos, acabam sendo prejudicados, por falta de serem observados, na fonte onde nasce, ou venha nascer, o ponto primário da violência.

Esse lugar nascente, sem qualquer dúvida, é o lugar onde nasce a informação primária à grande massa, lugar este, que está entre a pessoa e um simples clicar com apenas um dedo para obter-se toda e qualquer informação com ou sem censura.

O jornal escrito, nem todo mundo compra, mas o jornal televisivo, por ser mais barato para quem tem TV aberta, este sim, está a um clique da pessoa com a informação.

A grande contradição está na diferença entre TV aberta e TV paga; na TV aberta, há uma infinidade de tranqueiras para assistir, já na TV por assinatura, bem, por este veículo de comunicação, o grau de qualidade de informação que é transmitida é bem mais elevado.

Então, se o grau de informação é bem mais elevado, quero dizer, de primeira linha, nas redes televisivas pagas, por assinatura, por que nas TVs canais abertos, são despejados, dia e noite, esse monte de lixo televisivo?

Por que obrigam as pessoas que têm menor poder aquisitivo, a assistirem toda essa podridão sanguinária, fomentada por diretores e jornalistas televisivos que só se preocupam com seus altos salários, contudo, sem qualquer caráter e sem um mínimo de bom senso?
Será que esses donos de redes televisivas, esses diretores, esses jornalistas inescrupulosos não entendem que estão plantando o condicionamento perpétuo das pessoas nas ruas?

De onde vem toda essa violência que acontece nas ruas, por ventura não vem das salas e dos quartos onde estão televisores ligados na tomada chegando pelas antenas?
Eu sei que, pelos altos salários que eles ganham, não deve passar qualquer tipo de preocupação na mente corroída pela ganância e desvalorização da vida humana, seus carros, com certeza, são blindados, suas casas, são plantadas em condomínios fechados com forte aparato de segurança tecnológica e física. Mas, e os outros?

As outras pessoas não têm condição para tudo isso.

Elas estão morrendo todo dia; dentro das suas casas, nas ruas, nas estradas, até na zona rural vem chegando o plantio da violência por meio das antenas parabólicas.

O ser humano tem por natureza, com mais facilidade, desenvolver seu lado negativo, tudo que não presta, aprende-se num estalar de dedos, já para aprender e exercer coisas boas, dignas de serem louváveis, demora-se uma vida toda, e ainda assim, há quem não aprende.
Se um adolescente assiste na TV, outro adolescente espancando outro adolescente, o que este adolescente vai aprender?

Se a televisão mostra um acompanhante de idoso, espancando um idoso, o que os acompanhantes de idosos aprenderão com isso?

Se um homem presencia uma mulher sendo espancada na TV, o que ele vai aprender com isso?

Se uma mulher assiste na TV, outra mulher batendo no seu marido ou companheiro, o que ela aprenderá?

Se a TV ensina como são estourados os caixas de bancos, o que aprenderão aqueles que já estão propensos a esse tipo de criminalidade?
Sendo comum mostrar na TV, pessoas sendo assassinadas literalmente por meio de câmeras internas e externas dos estabelecimentos comerciais e das portarias dos prédios, com isto, os jornalistas e seus pares, não estão banalizando a morte?

Será que a única alternativa é a de apresentar a desgraça alheia como se de fato defendessem os que vão morrendo no dia a dia?
Será que esses que se dizem profissionais da mídia e do jornalismo, conseguem dormir depois de despejarem esse monte de lixo na mente das pessoas que não têm força para desligar o televisor, sim, pois não adianta trocar de canal, cada canal é pior que o outro.

Acredito que o Poder Executivo, tem o dever de impor uma Lei que ajude às outras Leis criadas, protetivas às pessoas, Lei esta, que force esses empresários a despejarem menos lixo e mais conteúdo à população para que não aprenda com eles a fazer um monte de coisas que não prestam e que destroem a vida.
Será que há algum jornalista que se preze lendo isto que acabei de escrever? Será que há algum jornalista diretor da programação que seja capaz de pôr estas ideais em prática com vistas a ensinar nosso povo que o ser humano é gente, gente humana, gente que presta, gente que não é inseto, gente que tem coração, que ama e protege seu igual e seu diferente?

Será que a Presidente Dilma Rousseff tem algum assessor que leia o que acabei de escrever e repasse esta visão de liberdade de imprensa, não só para a imprensa, mas para quem recebe aquilo que a imprensa despeja sem parar na alma das pessoas?
Eu acredito que merecemos mais, merecemos o melhor, merecemos sair nas ruas sem medo de assalto e ou de qualquer agressão.

Entendo que só a educação tem o melhor jeito, para, de maneira orvalhada, levar as pessoas a utilizarem seu lado do bem, haja vista as campanhas de educação no trânsito, com isto, se pelo menos 80% da programação televisiva fosse de coisas boas e educativas, as pessoas seriam melhores, e também, por demais, educadas. Não é assim que acontece nos países de primeiro mundo?
Eu nunca gostei de dinheiro sujo advindo de dolo. Será que só eu penso assim? Não há mais ninguém que tenha a mesma visão e lute para que nosso Brasil mude para melhor?