Agradeço Por Sua Visita ao Meu Blog

Faça seu comentário com responsabilidade. Ele é muito importante para que eu possa melhorar ainda mais o meu estilo e aquilo que coloco no ar.

domingo, 3 de junho de 2018

Eu e Minha Velha Máquina de Escrever

Por Gil Nunes

Durante todo esse tempo em que estamos juntos, escrevemos de tudo, falamos sobre n assuntos, ajudamos pessoas, denunciamos, criticamos e repudiamos com horrenda indignação os ditadores existentes nas diversas nações do mundo.

Mas escrevemos também sobre poesia, ensaio, música, a arte em todos os sentidos, mundo, Brasil, ciência, cultura em geral, educação, morte, vida, esporte, lazer, saúde, equilíbrio, filosofia, sociologia, antropologia, sobre Deus, enfim, sobre um montão de temas relevantes para a vida de todos que defendem a vida e a liberdade de expressão com responsabilidade, nobreza e educação.

As pessoas que leem o que escrevo aqui estão por toda a Terra, elas estão no Brasil, nos Estados Unidos, na Alemanha, na Rússia, na França, na Malásia, no Reino Unido, no Japão, em Portugal, na Ucrânia, Itália, Egito, Israel, Canadá... são muitos países e se eu tivesse que citar todos eles passaria o dia todo digitando os nomes.

Diariamente recebo e-mails das pessoas, elas falam sobre tudo comigo e estes são os tipos de assuntos:

- Pedem para eu continuar escrevendo, elas não querem que eu pare, dizem que faço muito bem a elas;

- Querem saber quem sou além do blog;

- Comentam sobre os assuntos que escrevo;

- Pedem esclarecimento sobre assuntos que escrevi;

- Perguntam sobre como é morar no Brasil;

- Questionam sobre as coisas da vida;

- Querem que eu escreva sobre determinados assuntos;

- Querem saber sobre minha vida pessoal;

- Têm interesse em saber sobre a minha formação acadêmica, filosófica, cultural e espiritual;

- Querem saber se tenho alguma outra profissão;

- Partilham suas ideias, seus anseios, suas alegrias, seus medos e suas distrações;

- Enfim..., há uma interação contínua entre nós, tudo com carinho, respeito, motivação e amor humano.

Normalmente não consigo atender a todas elas porque são muitos e-mails enviados a mim, no entanto, respondo ao máximo que posso.

Assim, com tudo isso que acontece vejo que somos iguais em qualquer parte do mundo.

O que muda na verdade são os lugares onde moro e moram, os sentimentos, os pensamentos, a forma de enxergar a vida, a morte, o bem, o mal, os objetivos para desenvolvimento individual e coletivo, os medos, as alegrias, as tristezas, os sonhos, somos muito parecidos uns com os outros e tudo isso nos motiva a construirmos um mundo melhor.

O interessante em tudo isso é que várias dessas maravilhosas pessoas acompanharam muitos momentos da minha vida e ainda acompanham, estamos longe, são milhares de quilômetros que nos separam fisicamente, o mesmo não acontece com o carinho, com o amor e com o respeito que nutrimos uns pelos outros.

Na medida do possível gosto de ser carinhoso com as pessoas de perto e de longe, mas sei que há pessoas que estão bem próximas umas das outras e não têm a mesma empatia que têm comigo que estou tão longe delas, entretanto não me culpem por isso.

Por outro lado, nem tudo são flores, já recebi e-mails maldosos sem o mínimo de relevância para a minha vida ou para a vida de quem quer que seja, todavia, isso faz parte do ofício.

O que quero dizer de maneira metafórica é que eu e minha velha máquina de escrever estamos aqui há muitos anos e bem antes de começarmos este blog já estávamos juntos, creio que, para a vida toda.

A bem da verdade, queremos continuar escrevendo o tempo que for possível para passarmos tudo de bom a quem queira e precise.

Sei que ainda tenho muito que melhorar, que aprender, que sentir, que pensar, que agir, que entender, que ser, que ouvir, que escrever, que falar... e tudo não é por acaso, há sempre um sentido para tudo em nossa existência porque tudo se comunica dentro do Universo.

Não sei até quando, mas o que sei é que, motivado pela vontade de querer estar aqui, continuaremos eu e minha velha máquina de escrever.

Estaremos juntos na necessidade de passarmos o melhor que temos de nós, e isso por meio de cada pingo de letra que preenche os diversos cantos da tela, possibilitando reflexões, sentimentos altruístas e verdadeiros, no intuito de que o mundo seja devidamente transformado, mais humano e digno da nossa presença.

Ah, eu e minha velha máquina de escrever continuaremos aqui para nós mesmos e para todas as pessoas que choram com o nosso choro, mas que se alegram com a nossa alegria.

Eu e minha velha máquina de escrever desejamos às pessoas que nos acompanham desde o início os nossos melhores sentimentos de amor, amizade, igualdade e fraternidade!

quinta-feira, 17 de maio de 2018

A Morte

Por Gil Nunes

A morte são as controvérsias existenciais na vida das pessoas nos seus tratos e maus-tratos.

Antes mesmo de morrermos não aceitamos, não queremos, não somos a favor, não admiramos, não entendemos, não ajudamos, não pedimos perdão, não perdoamos, não convivemos, não cedemos, não flexibilizamos, não notamos, não satisfazemos, não incluímos, não nos submetemos, não confiamos, não partilhamos, não compartilhamos, não respeitamos, não queremos ouvir, não estudamos nada para entender o que não queremos, não sorrimos para que o outro não perceba a nossa alegria, não choramos para que o outro não perceba a nossa dor, não exalamos nosso perfume para que o outro não sinta o nosso cheiro, não estamos dispostos a diálogo a fim de que o outro continue demoradamente sem entender, não queremos que outros saibam mais que nós, não nos submetemos ao conhecimento e capacidade do outro para que ele não tenha esta vitória sobre nós, não daremos uma chance à amizade porque não sabemos se ela existe, não daremos abraço por saber conscientemente que a reciprocidade é pura balela, não haverá simpatia em nós, pois, sabemos que durante nossa adolescência souberam abusar da nossa meiguice e calor humano transformando tudo num vácuo desvantajoso, sem possibilidade de relações pacíficas e humanas centradas na benevolência, não somos amáveis porque o mundo é um cão, não ajudamos o próximo porque ele poderá se acostumar com isso, não valorizamos o que é bom porque isso não dá curtidas nas redes sociais, não escrevemos coisas boas porque ninguém irá ler, não lemos livros porque o mundo está vidrado na internet, não temos amizade com o nosso vizinho porque ele nunca se importou com isso, não valorizamos quem quer nos ajudar porque quem quer ajudar alguém hoje em dia? Não fechamos os olhos para sentir o vento porque isso não existe, não imaginamos porque imaginar é coisa de bobo, não saímos de perto das pessoas porque não acostumamos com nós mesmos, aliás, temos medo de nós mesmos por causa das nossas pretensões desmedidas, descabidas, e em muitos casos... por enquanto é melhor deixar para lá, não somos a favor das coisas boas porque afinal quem quer coisas boas hoje em dia? Não sabemos dar opinião própria porque não queremos ficar num polo distante da opinião dos da maioria, não nos importamos, não nos dedicamos, não nos contemplamos, não nos aproximamos, não nos valorizamos, não nos enriquecemos, não nos protegemos, não nos permitimos, não nos reivindicamos, não nos conhecemos, não queremos nada com todos e nem mesmo com nós mesmos, não queremos dividir nossa tristeza ou felicidade, não queremos dividir nossas condições boas ou ruins, não estamos dispostos, não queremos é só isso, apenas não, não, não e não, e quando nós menos percebemos constatamos que não resta mais tempo para vivermos a vida.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

História de Vida

Por Gil Nunes

Certa vez ouvi de alguém a seguinte frase: “Você precisa criar o seu destino”. – neste momento confesso que fiquei sem fala, fiquei sem ter o que dizer. Entretanto, um milhão de coisas passaram por dentro da minha mente. Naquele momento não falei uma só palavra, apenas ouvi e fiquei quieto. 

Meu coração disparou, não consegui controlar uma só batida sequer. Minha respiração se desvaneceu de um modo inigualável. Pensei que iria morrer. Não consegui controlar nada. Meus olhos naquele exato momento ficaram atônitos, totalmente paralisados, minha pele, bem, minha pele eu conseguia sentir, pelo menos isso. Também pude perceber que eu não sentia raiva, medo, amargura, sofrimento, tristeza, dor, alegria, fé, oposição e nem mesmo amor, na verdade eu estava atônito, não tinha em mente e nem no coração o que dizer a respeito de tal afirmativa.

Por outro lado, depois de algum tempo, aos poucos fui voltando à normalidade, ou seja, voltando praticamente à realidade da existência humana. E foi aí que fiz a mim mesmo esta pergunta; como posso criar o meu destino se isso categoricamente está comprovado de que sem dúvida é demasiadamente impossível?

Eu sabia que a minha vida não era e não é igual à vida das outras pessoas.

Nesse momento veio-me as lembranças da vida de outras pessoas que têm dinheiro, mas não têm tudo que precisam, e de igual modo as que não têm dinheiro e que da mesma forma não têm tudo que precisam.

Lembrei-me das pessoas que têm muita cultura e formação acadêmica, mas ainda assim sentem-se como que se faltasse um pedacinho de algo que elas ainda não sabem o que é.

Olhei com minha mente para as pessoas no mundo todo que têm apenas o mínimo de conhecimento cultural e capacidade de leitura e escrita básicas necessárias à sobrevivência e do mesmo jeito sentem-se infelizes.

E o que dizer sobre as pessoas que buscam desenfreadamente a religiosidade? Tanto quanto infelizes.

E relativamente às pessoas que dizem não acreditarem em Deus? Infelizes.

Assim, óbvio não conseguimos criar nosso próprio destino.

Sabe por quê? Porque nosso destino não é um enlatado que podemos comprar no supermercado.

Nosso destino é complexo. Nosso destino é cheio de algo que não entendemos. Nosso destino não é manipulável por força do dinheiro ou da influência. Nosso destino depende de um bilhão de coisas que não dependem de nós mesmos. Nosso destino nem sempre é nosso camaradinha suscetível à nossa influência ordinária ou extraordinária. Nosso destino tem norte próprio, por vezes, incompreensível.

Modestamente digo, tentei de todas as formas e possibilidades possíveis e imagináveis praticar todas essas palavras de efeitos em minha vida, mas será que elas fizeram efeito em mim? Não. Não fizeram.

Então, como poderemos escrever a nossa verdadeira história de vida?