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terça-feira, 28 de agosto de 2012

DINÂMICA DA VIDA

Por Gil Nunes

Você saberia dizer qual a diferença entre viver um segundo e dez anos? Confesso que eu mesmo tenho dificuldade em dar essa resposta. Mas sei também que cada segundo deve ser vivido como se fosse o único e o último, que na verdade não deixa de ser.

Ocorre que quando penso no tempo e na necessidade de regrar esse tempo, de sobra para uns, e escasso para outros, chego a admitir que, somos incapazes de, não só, entender como usar o tempo, mas da relevância que há no gasto dele, de um jeito ou de outro.

Algumas pessoas preferem gastar o tempo com os amigos, outras são fissuradas nas viagens conhecendo lugares novos, novas pessoas, novas culturas pelo mundo a fora, outras, porém, se quedam em momentos solitários na leitura de bons livros ou mesmo escrevendo estes, ou quem sabe, escrevendo seu próprio diário para ser lido posteriormente, para que depois, possam rir ou chorar no momento em que revistarem o que ali ficou gravado advindo da memoria dos fatos que fizeram parte da sua vida, bem como, das emoções pelas quais passaram e que não voltam mais.

Podemos imaginar ainda, aquelas pessoas que passam por momentos difíceis na vida por estarem em um leito de um hospital, sofrendo, querendo ganhar mais um segundo de existência, vez que parentes, amigos, médicos e enfermeiros se desdobram numa torcida a cada segundo de vida que se consegue vencer com o intuito de que, de alguma maneira aconteça um verdadeiro e tão necessário milagre em prol da vida.

Acredito que são em momentos assim que sabemos exatamente quanto vale um segundo a mais de existência, e, dentro dessa visão, dez anos se torna uma eternidade.

A vida é uma dinâmica, o tempo não para, tudo se movimenta o tempo todo dentro do tempo; o ar, o mar, a terra, o fogo, as pessoas, os animais, os carros, os aviões, os pensamentos, os sentimentos, os desejos, os medos, e, na medida em que essa dinâmica acontece, acontece também, a escassez do tempo ou o término dele, para uns e para outros.

Então, qual o movimento que você tem feito para o bom uso do seu segundo a mais de vida? Você está contente pelo uso ou não desse segundo a mais que dele pode usufruir?

A vida é uma dinâmica e ninguém pode viver o segundo a mais de vida pertencente à outra pessoa. E, no momento em que prendemos nossa existência de segundo de vida a mais em prol da necessidade de segundo de vida a mais de outras pessoas, deixamos de viver nosso próprio segundo de vida a mais que é todo nosso, e que ninguém poderá vive-lo por nós.

Seria, portanto, um tipo de morte de segundo de vida a mais que teríamos para viver e não vivemos? Sim. Eu diria que sim. Esse segundo de vida a mais, ninguém poderá vive-lo por nós. Mas, por outro lado, poderá roubá-lo de nós, por esse ou por aquele motivo.

Não é que somos vítimas da situação, somos em diversos sentidos até mesmo coniventes com o propósito daquele ou daquela que roubam de nós esse precioso segundo de vida a mais que deixamos de usufruir.

Destarte, finalizo com uma última pergunta – Quando você se utiliza desse seu segundo de vida a mais, você sente seu coração repleto de vida, pois nota que sua corrente sanguínea se desenvolve de modo que todas as veias e vasos são devidamente regados a ponto de sentir o permear dessa vida à flor da pele?

Se a resposta for positiva, penso eu, não tenho absoluta certeza, contudo, acredito que deva estar se beneficiando de modo eficaz desse seu segundo de vida a mais que lhe pertence.