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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A CULPA FOI MINHA

Por Gil Nunes








Lembro-me que, ainda na tenra idade para entender as complexidades da vida, eu já me preocupava com cada uma delas. Dentro de mim havia um desejo forte e permanente de duvidar que a injustiça pudesse prevalecer sobre a eficiência e desenvoltura da bondade e justiça entre os seres que dividem juntamente com os animais e a natureza, este tão lindo e magnífico Planeta.


Por certo, me enganei. Pois, por décadas presenciei a maldade nos corações dos homens. Vez que por mais que eu fosse otimista e fervoroso em meio às situações sucessivas, ainda assim, constantemente me decepcionava. Eu não me decepcionava com os animais e nem com a natureza, mas com os homens. E Estes por mais incrível que possa parecer, denominados também, de seres humanos.

Durante as décadas passadas vi homens roubando, matando, extorquindo, destruindo vidas como se estivessem fazendo algo normal e corriqueiro, tudo por causa do dinheiro, do poder e da fama.

Porém, notei tanto quanto que existiram e existem pessoas que procuram ajudar as outras incondicionalmente e deliberadamente. Elas são exatamente aquelas pessoas que mesmo tendo pouco o pouco se multiplica. Isto, digo, não somente com relação às questões financeiras e materiais. Todavia, falo das riquezas essenciais. Aquelas que sustentam de fato a nossa alma fixando nossa existência numa estrutura bem formada, segura, corajosa, profunda, enraizada numa terra que se chama felicidade.

É certo que independentemente de qualquer situação, as pessoas podem fazer a escolha e serem o que são do jeito delas. Sim, ninguém vai impedir. Ninguém deve impedir. Já não diz aquele jargão? – “Deus deu uma vida para que cada um cuide da sua.” Então, por isso, obviamente respeitando as leis do país em que vivemos, podemos ser o que bem quisermos.

Eu escolhi amar mais, me dar mais, me envolver mais, me expor mais, me arriscar mais, me preocupar mais com as pessoas, com os animais e com a natureza, independente de serem; minha família, meus familiares, meus parentes, meus vizinhos, meus amigos, meus colegas, meus conhecidos, meus compatriotas..., para mim pouco interessa se elas moram perto da minha casa ou em qualquer outra parte da Terra. Eu simplesmente me preocupo e luto por elas por meio das minhas condições pequenas e grandes em relação ao caso concreto.

Destarte, sei que a culpa foi minha de entender e crescer dentro desta visão tão desesperadora em dados momentos, e em outros, reconfortante, visto que dentro de mim constantemente bate uma certeza absoluta de que tudo dará certo. A comida chegará aos famintos, a educação será deliberadamente concedida e ministrada por meio de aulas magnas aos acadêmicos que têm sede do conhecimento, o remédio chegará aos doentes para curar suas enfermidades, um lugar digno para morar será dado a quem não tem teto, os recursos dos tributos não encherão mais os bolsos dos corruptos e corruptores, a maldade não terá as forças que sempre teve para frear o bem que proporciona a mais doce felicidade a qual; dinheiro, poder e fama não podem comprar.

E, dentro desta minha abstração, acalento minha alma, entendo que a culpa foi minha de querer andar na contramão da “razão”. Esta, sobretudo utilizada pelos que gostam de generalizar tudo e todos com o fim de tirarem todo o proveito do mundo e também de todas as circunstâncias desta vida, pelo menos enquanto vivem. Sim, a culpa foi minha. Sinto-me culpado, entretanto, um culpado feliz e apaixonado pela natureza, pelos seres humanos e pelos animais. Sim, A culpa foi minha. Eu confesso e não nego.