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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Não Abandono

Por Gil Nunes

Acredito que o abandono sempre fez parte na vida da vida das pessoas. – hoje não deve ser diferente. – facilmente uma pessoa poderá ser completamente desclassificada, talvez, quem sabe, por simplesmente não saber como funcionam as ferramentas digitais da atualidade. – pode ser que ela seja tida como uma pessoa sem valor. – talvez seja vista como sem recursos financeiros, principalmente pela falta de conhecimento de tais “conteúdos”. 

Talvez uma pessoa seja abandonada por não estar conectada com as notícias e ou fofocas do momento. – talvez seja abandonada, deixada para trás, por não ter em si mesma as expectativas que de fato se espera nela. – essas expectativas são muitas e são transformadas em exigências, que, por vezes, difíceis de serem preenchidas.

O abandono, também, poderá ocorrer devido às expectativas de quem abandona, pois, como é de costume à vida em sociedade, as pessoas vivem correndo em busca de uma melhor qualidade de vida, em busca dos seus objetivos profissionais, acadêmicos, pessoais, familiares... Isso, firmado dentro do seu ponto de vista sobre todas essas realidades do nosso cotidiano.

O abandono poderá ocorrer ainda, por causa daquilo que a pessoa fala, canta, escreve, concorda, discorda, ajuda, atrapalha.

Ora, quem nunca foi abandonado na vida? – Essa é a tônica do momento. – talvez seja o meio pelo qual as pessoas possam encorajar-se a abandonar alguém ou superar o abandono deliberado por outrem sobre sua vida.

Contudo, parece que abandonar, deve ser muito mais preciso do que ajudar alguém numa condição desesperada / desastrosa, porque, quando o abandono acontece, há também um lavar das mãos quanto àquela medonha situação.

O exemplo de abandono é vasto e fácil de ilustrar. – quer ver? – Então, veja: Os filhos abandonam seus pais com a intenção de terem sua vida própria e sem qualquer interferência deles. – O marido abandona sua mulher porque ela já não é a mesma coisa. – A mulher abandona seu marido por ter encontrado outro que sabe e conhece como a vida é e aproveita ao máximo dela. – Os adultos abandonam os mais velhos nos asilos por entenderem que é lá o lugar deles. – Os que têm a saúde intacta abandonam os que são portadores de deficiência física, mental e espiritual. – Os que têm dinheiro abandonam os que são pobres, dizem ainda infindas barbaridades contra eles a ponto de ferirem a dignidade da pessoa humana, vez que esquecem que a culpa de toda a pobreza parte dos que entesouram o máximo que podem sem lembrarem de que nada levarão para aonde vão como todo mundo vai. – O branco abandona o negro porque não gosta da cor. – O negro abandona o branco porque deva sentir o mesmo em contrapartida. – O divorciado abandona o casado por achar ser ele um certinho. – O casado abandona o divorciado por entender que todo mundo que é divorciado quer levar os outros para a perdição. – O religioso abandona quem não é para não fugir da vida casta que luta para possuir, que pensa possuir ou que diz que possui. – O estudioso abandona o ignorante por entender que ele não conseguirá entender nada na vida. – O ignorante abandona o estudioso por ter a mais absoluta certeza de que quem muito estuda, logo acabará louco. – O louco abandona o sábio e inteligente por entender que ele não está com nada, ou seja, é um careta ao cubo. – O sábio abandona o louco por ter completa convicção de que loucos são loucos, ninguém entende eles e por isso, eles não chegarão a lugar algum. – A autoridade abandona os sem autoridade, por ter em si, a certeza de que ninguém é acima dela, esquecendo-se, portanto, do devido processo legal, e mais, do Estado Democrático de Direito. – Os sem autoridade não respeita a autoridade por ter a certeza de que a autoridade não respeita os sem autoridade. - O governo abandona os eleitores por pensar ou ter a convicção de que não deve satisfação alguma a quem quer que seja. – Os eleitores abandonam o governo e é por isso que não existe oposição. – O nacional abandona seu País porque quer mais é ver o lado de ganho pessoal em sua vida. – O País abandona o seu nacional, por vezes, para dar condições de sobras aos que nasceram em outros Países. - ... Os exemplos de abandonos são sem fim.

O que quero dizer com tudo isso é que, estando você onde estiver nesse momento, não abandone ninguém. – ajude a quem pede. – não se desvie de quem precisa de você. – se não tem condição para ajudar, pelo menos fale alguma coisa em prol, solte um sorriso sincero e amigo. – lembre-se, a tecnologia é mais uma invenção humana. – não abandone sua mãe, nem abandone seu pai, nem a sua filha, nem seu filho, nem sua mulher, nem seu marido, nem sua sogra, nem seu sogro, nem seu vizinho, nem sua vizinha, nem o porteiro do seu prédio, nem o faxineiro da sua empresa, nem o entregador de pizza, nem o entregador de móveis, nem o padeiro, nem o dono da padaria, nem o amigo, nem o inimigo, nem o primo, nem o tio, nem o sobrinho, nem o passarinho, nem a poesia, nem a música, nem o estudo, nem a ignorância, pois, até na ignorância podemos encontrar um pouco de sabedoria, nem o gato, nem o rato, nem o pato, nem a galinha, nem o cachorro, nem o periquito, nem o pobre, nem o rico, nem o negro, nem o branco, nem o bom, nem o mau, nem o bem, nem o mal, nem a leitura, nem a preguiça, nem a infância, nem a velhice, nem a juventude, nem a vida adulta, nem a fala, nem o choro, nem o riso, nem o olhar, nem o toque, nem a tristeza, nem a alegria, nem o sonho, nem a realidade, nem o mineiro, nem o baiano, nem o paulista, nem o goiano, nem o nordestino, nem o africano, nem o carioca, nem o soteropolitano, nem o que fala, nem o que fica calado, nem o que brinca, nem o que é sério, nem o que pede, nem o que dá, nem o que faz, nem o que espera, nem o que pode, nem o que não pode, nem o feio, nem o bonito, nem o sem pudor, nem o que é casto, nem o sadio, nem o deficiente, nem o endinheirado, nem o que mora embaixo de uma ponte, nem o bravo, nem o manso, nem o brincalhão, nem o briguento, nem... nem...

Se observarmos com carinho, podemos notar que, de um jeito ou de outro, estamos mais ou menos interligados na vida. – quer dizer, que, há de certa forma, uma interdependência para que tudo possa acontecer no mundo dos viventes. – o que fazemos num lugar, repercute num outro lugar. – aqui e ali, ali e aqui. – só que não paramos para pensar e valorizar essa interatividade no mundo real. – talvez seja por isso mensurar o mundo virtual. – contudo, essa mensuração não é verdadeira do jeito que é no mundo real quanto ao apego e ao abandono. – quer ver? – tem gente que não leva a sério o mundo virtual, contudo leva a sério o mundo real. – por outro lado, há quem leve a sério o mundo virtual e não o mundo real. – todavia, o que vale é o mundo real. – pois, o mundo real é o mundo das pessoas, o mundo da vida, o mundo dos viventes, o mundo no qual nunca devemos abandonar as pessoas. – porquanto, deve ser no mundo real que precisamos deixar de lado as nossas pretensões para dar lugar à ajuda a alguém que precisa muito de nós, do nosso apoio, da nossa proteção, da nossa provisão, do nosso carinho, do nosso respeito, do nosso tempo, do nosso entendimento, da nossa presença, do nosso ser, do nosso eu. – porque queremos dividir para multiplicar, talvez, quem sabe, com as pessoas que não têm tanta força do mesmo jeito que temos. - veja que essas pessoas são carentes de nós por natureza. – elas precisam de cuidados. – e pelo fato de precisarem, não devem ser abandonadas. – diga não ao abandono. – ajude pessoas. – fique com elas. – continue com elas. – seja forte. – tenha coragem. – você consegue. – Isso é fato!

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