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sábado, 15 de junho de 2013

Adolescência e Seu Momento Mágico

Por Gil Nunes

Não existe outro momento melhor, mais intenso, cheio de novidades, de sentimentos, de descobertas incríveis, de mudanças, de atrações sublimes, de sutilezas em meio às aberrações tremendas e sem motivos reais ou aparentes.

Ah, doce, doce Adolescência, tranquila, serena, modesta, mas também instável como a fúria das ondas do mar. – Com suas ondas quando em grande fúria, daria para fazer flutuar; um, dois, três, dez... Navios cargueiros, todos ao mesmo tempo.

Quem foi que falou que na Adolescência não se chora sem motivo algum?  

Na Adolescência se chora do mesmo jeito que se ri intensamente e sem motivo algum.

Quem foi que nunca disse: 

- Meu nariz é grande demais. 
- Ah, e esse meu queixo, acho que precisa de uma plástica. 
- Minhas mãos são feias. 
- E esses cabelos ridículos?
- Meus pés são pequenos demais.
- Meus pés são grandes, minhas pernas são compridas, meus braços mais se parecem com vara de atletismo.
- A cor dos meus olhos é mais feia do que sei lá o quê.
- Ah, o que está acontecendo comigo?
- Meu corpo muda o tempo todo.
- Que droga, já é hora de levantar?
- Hoje não quero ir ao Colégio e ninguém, mas ninguém mesmo irá me obrigar.
- Acho que minha mãe me odeia.
- Eu não acredito que meu pai sinta algum tipo de amor por mim.
- Minha mãe só se preocupa com ela e com sua “beleza”.
- Meu pai casou e se apaixonou pelo trabalho dele, nem lembra que existo.
- Meus (minhas) colegas do Colégio são todos (as) uns (umas) patifes.
- Não vejo a hora de ir logo para a Faculdade, não aguento mais essa molecada infernal.
- Hoje eu não quero conversa com ninguém. Ouviu? Com ninguém.
- Chamaram-me de gordo (a) e deu-me uma vontade dos diabos em fulminar quem falou isso.
- Portador (a) de anorexia é a mãe!
- Para de gritar! Só eu grito. Não admito que ninguém grite comigo. Ouviu!!!!!!!!
- O dia hoje, está uma nojeira só. Quem não viu isso?
- Não devia ser esta a cor da minha pele, ela devia ser um pouco mais negra pelo menos.
- Que cor de cabelo ridícula, não aguento mais olhar-me no espelho, reflexo de bruxo (a).
- Não queiram forçar-me a ir à casa da minha Avó. Ela é uma velha falsa. Não gosta do meu pai.
- Acho que só meu Avô gosta de mim. Mais ninguém.
- Que saudade do meu pai. Não existe homem mais bonito, mais inteligente, mais amoroso, mais atraente, mais honesto. Meu pai é tudo. Não. Meu pai é mais que tudo!
- Que saco, as férias acabaram? Esse filme é uma droga... fica longe... venha aqui...

E assim, vai a Adolescência passando aqui e ali na nossa vida. Não há como perceber a Adolescência por estarmos ocupados demais com ela mesma, a Adolescência.

É na Adolescência que não enxergamos a nós mesmos, do quanto somos reais, maravilhosos, lindos, suficientes, criativos, autênticos, notáveis, vivos à flor da pele, jeitosos, complacentes, cheios de paixões nas diversas áreas existenciais, curiosos, interessantes, produtivos, humanos, vibrantes, confusos e sabedores de tudo aquilo que queremos para nossa vida e para a vida das pessoas que amamos.

Quando penso na minha Adolescência, sinto uma profunda nostalgia, um sentimento de quero mais. 

Porém, sei que ela, minha Adolescência, não acontecerá mais uma vez na minha vida, porque são assim os ciclos da vida. 

Eles, os ciclos da vida, passam, mas passam uma vez apenas na nossa vida.

O que somos, não voltamos mais a ser depois que o tempo passa em nós.

Se somos bonitos, jamais seremos tão bonitos o quanto somos bonitos agora.

Se somos feios, jamais seremos mais feios do que somos feios agora.

Muito embora, ser feio ou bonito, trata-se de extremo relativismo, pois eu mesmo já vi gente feia com gente bonita, gente feia com gente feia dizendo uma para a outra o quanto a outra é bonita, gente bonita com gente feia, gente bonita com gente bonita, gente com gente, se feia ou bonita, tudo é relativo.

Oh, gente dura e portanto, sem dinheiro, é a gente Adolescente. Tudo depende do pai, da mãe, do avô, da avó; me dá um dinheiro aqui, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro, me dá... me dá... preciso de dinheiro... me dá um dinheiro pai... me dá um dinheiro mãe... vó! Tem dinheiro? Preciso de dinheiro... vô você é rico! Me dá dinheiro?

E desse jeito, vai a Adolescência caminhando para o futuro, sem pensar, sem razão, com mais sentimentos e com mais emoções que se perdem e se acham, tudo de um jeito impressionante para os que já passaram por ela, para os que já tiveram sua experiência com ela.

Adolescência, minha amiga, lhe ter como companheira foi o momento mais incrível da minha vida. 

Adolescência, com você e por você eu não me arrependo de nada, como eu poderia me arrepender de ter vivido os dias mais incríveis da minha vida?

Adolescência, é assim que hoje, bem longe de você, consigo enxergá-la. 

Adolescência, os piores dias da minha vida, foram todos aqueles que vivi longe de você. 

Viva a vida, viva a Adolescência!

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