Por Gil Nunes
Gosto de olhar para a história de
um jeito bem perceptível quanto aos detalhes de todos os acontecimentos
envolvendo; tempo, local, pessoas, circunstâncias, motivações, coerências e
incoerências da vida na vida humana.
Por isso, para mim, a história da
vida de São José, me é bem peculiar.
Primeiro porque com ele, surgiu o
divisor dos tempos, numa demonstração de, antes e depois do ano do Senhor, isto
ocorreu em decorrência do nascimento do seu filho de criação: Jesus Cristo.
Ele, São José, estava prestes a
se casar com Santa Maria, a virgem.
No mundo judaico, para aquela época,
inclusive, o normal é casar-se primeiro para depois se ter a liberdade sexual
entre homem e mulher.
Santa Maria, a virgem, fora
ungida pelo Espírito Santo de Deus para, em seu ventre, gerar o Filho de Deus,
seu nome tinha que ser; Jesus.
Ao ser informado por Santa Maria
sobre a gravidez dela sem ter ela se envolvido sexualmente com São José e nem com outro homem, São José ficou transtornado sem entender essa realidade
que jamais ocorrera na história da humanidade.
Por isso, em sonho, foi ele
advertido que o menino seria o Salvador da humanidade e que ele devia casar-se
com Santa Maria sem qualquer revide, vez que ele, São José, participaria do
plano de Deus para seus devidos propósitos na vida da humanidade toda.
Com isso, convencido de que Deus
falara com ele em sonhos por meio de um anjo que lhe aparecera, não teve dúvida
e casou-se com Santa Maria.
Ao casar-se com ela, foi
visto de maneira errada pelos que nada entendiam da realidade dos planos de Deus para ele e para
sua mulher.
Contudo, nem ele e nem ela,
tiveram medo além do que poderiam suportar para cumprirem com as orientações
divinas.
Porém, quero olhar para São José
na forma de homem perseverante e cheio de amor por aquela que sempre fora dona
do seu coração.
Pelo amor que São José sentia por
Santa Maria, teve que se sujeitar às diversas situações supervenientes forçadas
inclusive por um rei impetuoso, invejoso e sanguinário.
Todavia, em tudo isso, pelo amor
que ele sentia pela sua mulher, enfrentou tudo e todos, seguiu em frente, e acredito que
Santa Maria correspondia ao seu amor.
Posso imaginar sua simplicidade
no ofício da carpintaria em busca do sustento diário dele e de sua família.
Em nenhum momento se fala que São
José ficou rico / milionário com sua mulher Santa Maria, por outro lado,
ouvimos muito sobre a compreensão e o amor de ambos numa caminhada de aventura
interpessoal movida pela interdependência.
Hoje, fico olhando a sagacidade
dos homens, a vontade de ter, e não de ser.
Alguns querem e não conseguem.
Outros querem e conseguem de modo
honesto / merecedor.
Entretanto, existem aqueles que
querem e conseguem do pior jeito possível.
Estes não se preocupam com a
forma que praticam suas aquisições.
Alguns agem assim para
satisfazerem os anseios das mulheres que nunca se interessaram por eles, porém,
estas, os tornaram escravos da busca de “certa estabilidade” que jamais existirá
por não ter sustentação verdadeira, tratando-se apenas de um jeito duvidoso de
viver, vazio, sem vida, num faz de conta de uma realidade desinteressante para
a alma que não para de sofrer.
Sabemos pouco sobre a vida e
simplicidade de São José, no entanto, pelo pouco que sabemos, ele era feliz,
tinha tudo que precisava, tinha o amor de Santa Maria, e ela, o amor de São
José, o amor pelo amor.
Para uns que lerem o que acabei
de escrever, dirão: - Que bobagem é esta?
Destarte, para outros, bem, pode
ser que dirão: - Não. Não vejo nada de bobagem no que acabei de ler.
Finalizo dizendo: - Será que o
que fazemos debaixo do Céu tem sido o que realmente queremos fazer porque junto
conosco existe alguém que tem o mesmo propósito de satisfazer os anseios
verdadeiros da alma numa rota de uma perspectiva honesta, merecedora e
interessante de atitude em que o sim, sim e o não, não, são de fato e de
direito operantes, vividos na intensidade do desgastar indolor da nossa
existência durante nossa passagem pela vida?
Está aí algo para se pensar.
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