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terça-feira, 5 de junho de 2012

Vontade do Povo Brasileiro?

Por Gil Nunes

Hoje ao ler um dos Jornais de maior circulação de São Paulo, deparei-me com o seguinte absurdo: Quase metade dos brasileiros apoia tortura para obter provas., fato curioso é que não há jornalista assumindo esta manchete no Jornal., além de tratar-se de uma notícia errada, má intencionada, e irresponsável., não sei o que mais farão esses jornais para obterem prosélitos leitores, bem como para atingirem vontades quem sabe, intrínsecas e ou de outros interessados, para quê, quem saberá?

Para mim, no mínimo, tal matéria, nem pode ser chamada de matéria., pois foge completamente da postura e da responsabilidade que todo e qualquer jornalista precisa ter com o intuito de levar a notícia com coerência e imparcialidade, o que, infelizmente, não houve, senão vejamos:

Diz a tal matéria “jornalística”, que aumentou o número de pessoas que aceitam provas por meio de tortura nos tribunais, isto de acordo com o NEV (?) Núcleo de Estudos da Violência (?) da Universidade de São Paulo.

Que a pesquisa por esse NEV foi realizada em 11 capitais do Brasil, como se imagina, parece que todas as pessoas das onze capitais do Brasil deram sua posição em relação a tal pesquisa.

Então, conforme exposto na matéria do jornal, “diz antropólogo” o qual não citam nome, mas afirmam que o “antropólogo”(anônimo), diz que, “74% são a favor de pena de morte ou prisão perpétua para estupro”, e não falam se, metade do povo brasileiro ou metade dos entrevistados., metade do povo brasileiro é impossível. Entrevistados foram 4.025 em 11 capitais, quais sejam: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Porto Velho e Goiânia., portanto, se dividirmos 4.025 entrevistados pela metade, teremos o total de 2.012 pessoas., não esquecer que, a nota do jornal diz: “Quase metade dos brasileiros apoia tortura para obter provas”, mas se dividirmos 2.012 por 11 (quantidade de capitais que disseram terem entrevistado), teremos a quantidade de 183 pessoas por capital., agora, se sobre 4.025 “entrevistados” aplicarmos os 74% citados pelo jornal que afirma que o “Núcleo de Estudos da Violência” da USP afirmou, então teremos 2.978 entrevistados dizendo que são a favor, da pena de morte ou prisão perpétua.

O maior problema que vejo em tudo isso, é que parece que 74% dos brasileiros afirmaram isso ou aquilo, ou, 50% dos brasileiros afirmaram isso ou aquilo., e simplesmente não é verdade.

No Brasil hoje somos mais de 192.000.000 (cento e noventa e dois milhões) de brasileiros, por isso, tanto o citado NEV da USP, quanto qualquer jornal ou rede televisiva que disseminar irresponsavelmente que 2.012 pessoas (metade dos entrevistados) correspondem a 50% da vontade do povo brasileiro (a favor da tortura para obter provas), e que, 2.978 pessoas (74% dos entrevistados) da tal pesquisa correspondem a 74% da vontade do povo brasileiro (a favor da pena de morte ou da prisão perpétua), além de tratar-se de uma horrenda mentira, trata-se também de uma má intenção sem precedente e de um desrespeito ao leitor ou ao telespectador televisivo, bem como, desrespeito ao povo brasileiro que teve sua vontade minada por afirmarem algo que ele mesmo jamais afirmou.

Sem contar o desrespeito à nossa Constituição Federal, ao Estado Democrático de Direito, ao Devido Processo Legal e ao Direito do Contraditório.

Por esses dias, creio que veremos essa repetição em vários outros jornais, inclusive televisivos., isso quer dizer que quem não sabe fazer conta será enganado(a), será este o seu caso?

Eu, por exemplo, não fui entrevistado., você foi?

Senhores chefes, gerentes, diretores de redação de jornais.. tenham mais respeito com o povo brasileiro, povo este tão sofrido e por demais desrespeitado. Até quando os senhores levarão o faz de conta que acontece para um público que os senhores não merecem?

Sinto-me indignado como simples cidadão brasileiro que sou, e ainda, subestimado quanto a minha intelectualidade.

Espero sinceramente que não ganhem altos salários para anunciarem tanta besteira.

E, finalizo com a pergunta que não quer calar - Onde estão os Jornalistas do nosso Brasil? Comprometeram-se todos com o patrão? Quero não acreditar nisto.

10 comentários:

  1. Gil, não falta mulas apoiando essa mentira horrorosa, basta que a grana entre no bolso. São todos um lixo!!! Eles não querem uma boa educação no Brasil porque quem não consegue ter conhecimento científico, fica sem saber como as coisas funcionam. São uns trastes!!!!
    Walkiria, São Paulo, SP

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  2. Gil, o que me revolta é que você tem tantos leitores, só que neste momento um grande número deles e delas se acovarda, não fala nada, não escreve nada a respeito, fica em cima do muro. Precisamos de um povo brasileiro educado!!!! Beijo carinhoso pra você!!!
    Madalena, São Paulo, SP

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  3. Gil, sou jornalista. Fiquei indignada e com vergonha da profissão. Que coisa feia!
    Nathalia, São Paulo, SP

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  4. Gil, olha o que falou o Professor José Coelho Sobrinho, da Escola de Comunicação e Artes da USP no Observatório da Imprensa: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/professor_alerta_para_falso_jornalismo
    O cômico é que ele fala para se ter cuidado com FOLSO JORNALISMO EM JORNAIS GRTUITOS, mas essa leviandade jornalística ocorreu em um jornal que paga-se uma fortuna. Olha!!
    JORNAIS GRATUITOS
    Professor alerta para "falso jornalismo" Por Pedro Celso Campos em 16/03/2010 na edição 581 “O professor José Coelho Sobrinho, da Escola de Comunicação e Artes da USP, fez no sábado (6/3) a palestra inaugural de Seminários Avançados de Jornalismo, evento que a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (FAAC/Unesp) organiza todos os sábados, no primeiro semestre de cada ano. Ele falou sobre "Jornalismo e novas formas de alienação", relatando pesquisa de sua autoria, junto com alunos da USP, já em fase final, sobre a distribuição de jornais gratuitos nas grandes cidades, por todo o mundo ocidental.
    O professor discutiu o tema com os alunos do último ano de Jornalismo da Unesp, levantando um questionamento sobre a responsabilidade social do jornalismo. Explicou que os jornais gratuitos podem ser chamados de jornais, mas não se pode dizer que fazem jornalismo porque não trabalham com apuração nem com aprofundamento, limitando-se a transcrever notícias de outros meios e da internet, superficialmente, buscando apenas apresentar variedade de informação. "No entanto, informação não é comunicação", destacou.
    Para Coelho, o objetivo real desses jornais – que atingem tiragens de 20 milhões de exemplares, ou mais, no mundo – é veicular publicidade, utilizando um suporte disfarçado de jornalismo. Uma característica desses "jornais", segundo o professor, é que eles nunca "sujam as mãos", isto é, nunca se envolvem em causas polêmicas, em defesa do interesse público, não têm sequer uma linha editorial como os jornais convencionais. Portanto, não deviam ser tratados como mídia, mas como meros suportes publicitários. Sendo totalmente alienados dos interesses sociais, "prestam serviço a si mesmos, e não à sociedade, como deve ocorrer com o jornalismo eticamente comprometido com a população e com os seus leitores", disse.
    Laura, São Paulo, SP

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  5. Gil, continuou dizendo o professor da USP
    Saber onde vão pisar
    Autor de vários livros na área, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Jornalismo Investigativo, o professor José Coelho Sobrinho disse que jornalismo não pode ser meramente técnica, tem que ser compromisso com a cidadania, pois o direito à informação de qualidade está previsto na Constituição, embora lamentando que os cursos de Comunicação sequer ensinem isto aos seus alunos nos quatro anos da faculdade.
    "O jornalismo sério e ético é importante para o equilíbrio social, é um trabalho de grande significado e todos devem se orgulhar quando participam, de algum modo, de um jornalismo socialmente comprometido", resumiu.
    O coordenador do debate, professor Pedro Celso Campos, lembrou que há, também, outros tipos de pseudo-jornalismo, pelo menos nos grotões do Brasil, onde o noticiário dos órgãos públicos, como prefeituras e câmaras municipais, é fornecido para os veículos locais em forma de releases como se fossem notícia, quando na verdade são matérias pagas pelas quais esses jornais recebem no final do mês. O mais grave é que o leitor/receptor recebe sempre a versão oficial das notícias como se fosse a notícia completa. Pior ainda: o engodo é pago com os impostos do próprio cidadão, que paga duas vezes para ser enganado: uma através dos impostos, outra ao assinar ou comprar o exemplar do jornal oficialista como se fosse um jornal profissional.
    A palestra foi considerada muito oportuna pelos alunos presentes, pois ajudou a esclarecer que jornal não é a mesma coisa que jornalismo e que os futuros profissionais precisam estar atentos para saberem onde vão pisar – com obrigatoriedade ou não do diploma – ao deixarem a faculdade. Outros alunos acharam importante o debate porque esse tipo de tema não tem sido tratado nos cursos de Jornalismo.”
    Acreditar em quem?????? Bjs meu querido!!!!
    Laura, São Paulo, SP

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  6. Gil, pena de morte é só pra pobre, quem tem dinheiro não fica na cadeia.
    Carlão, São Paulo, SP

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  7. No Brasil meu caro, é Samba! Cerveja! Futebol! Mulher! E seja o que for pra ser! Os dominadores agradecem! Hoje pela manhã a Ana Maria Braga e os dois atores das novelas da globo ensinavam momice aos desavisados telespectadores! Quer mais? Tratam nosso povo como se fosse lixo. Isso dói cara!!! Abraço!
    Caio, São Paulo, SP

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  8. Gil, quantos jornalistas estão morrendo no mundo para levar os fatos verdadeiros a todos enquanto outros brincam com coisas tão sérias. Já passou da medida. Ninguém fará nada? Ficará por isso mesmo? Cadê o Ministério Público Brasileiro???????
    Samara, São Paulo, SP

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  9. Gil, li essa mentira no Jornal Folha de São Paulo, você não sei onde leu. O link dessa mentira é: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1100539-quase-metade-dos-brasileiros-apoia-tortura-para-obter-provas.shtml Ridículo!! Bjs!
    Philomena, São Paulo, SP

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  10. Gil, o Brasil está do jeito que está porque quem prefere um Brasil ruim para a maioria, entende que fica bom para a minoria mentirosa detentora do ganho sujo vindo da desgraça alheia. As favelas, a precariedade na saúde, educação péssima, estão aí para demonstrarem o tamanho da irresponsabilidade desses. Obrigada por atender meu pedido!! Beijos, bom dia, que você tenha uma linda e feliz quarta-feira!!
    Renata, Barueri, SP

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