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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vendo Tudo, Sempre a Mesma Coisa

Por Gil Nunes

A confusão acontece de um jeito que menos se espera. Você levanta de uma maneira que até parece que foi jogado da cama. De repente, pronto, seus dois pés no chão. Meio que de modo automático, pega a toalha, corre para o banheiro, sem que perceba, já está embaixo do chuveiro, a água quente, morna ou fria, não importa, você já está embaixo do chuveiro, começa a escovar os dentes e só neste momento descobre que confundiu Gelol com creme dental, então, você sai do box, vai até a pia do banheiro, pega o creme dental que estava facilitado do lado esquerdo da pia, só que você não percebera e por isso, teve que voltar à pia para fazer tudo de novo, só que desta vez, da forma certa e assim, ter seus lindos dentes escovados.

A água está boa, o tempo também, se bem que você não teve tempo para saber se o tempo está ou não, bom, você prossegue, termina, se enxuga, volta para o quarto, penteia o cabelo, passa um amaciante no rosto, veste-se, calça-se, espirra desodorante, perfuma-se e sem ter tempo, sai de casa sem tomar o café da manhã, se bem que você poderia ficar um pouco mais, tomar o café da manhã, ler o jornal, mas não tem tempo, precisa ir.

Bem, de carro, de ônibus, de moto, de trem, andando ou de bicicleta, você já se encontra jogado na rua, rumo aos seus afazeres do dia, enquanto segue, não há com o que se preocupar, pois não projeta e nem planeja nada, exceto quando está dentro dos âmbitos; acadêmico ou de trabalho, sim, sua vida é inteiramente organizada, constantemente de um jeito todo intuitivo, chega ao local de estudo ou de trabalho, já sabe o que terá que fazer, não faz tudo sempre igual, mas chega a ser algo mais ou menos similar ao que vem fazendo nos últimos dois, três... anos de sua vida.

De repente, eis que já é hora do almoço, você se desloca do seu local de onde está, vai rumo ao outro local que é o lugar da ração diária, só que enquanto você caminha, olha para as árvores, casas, prédios, postes, carros, andantes iguais a você, até observa as luzes de cada poste, observa que picharam paredes e aí você tenta decodificar os códigos dos especialistas tribais pichadores, acaba não entendendo nada, pois você lembra-se perfeitamente que é um exímio ignorante no assunto, tudo bem, olha para os jovens; meninos e meninas e nota o quanto são lindos e cheios de vida, observa cada rosto, cada gesto, cada olhar, percebe que a vida salta dentro deles e delas, mas ao virar de leve o rosto, passa a observar os velhinhos e as velhinhas que caminham pelas ruas com passos curtos, bem de leve caminham, ainda que alguns e algumas tenham quase dois metros de altura, alguns e algumas estão com o pescoço para baixo, como que se não pudessem levantar o rosto por causa da idade que chegou e chegou de vez nos seus setenta e tantos anos de idades que ganharam pela mão divina, não, você não acha nada disso absurdo, e então, você topa com o batente da entrada do lugar onde terá que se alimentar, é, chegou, e você nem notou.

Ali, no lugar onde você será fortalecido pela alimentação diária, vê que todos estão vendo você, pode ser que pensaram que, de certa forma, seja você um ET, um Artista famoso, alguma Autoridade Pública, um patinho feio ou um idiota que topara na entrada do estabelecimento, você fica com essas ideias na mente, mas não se importa muito, pois nunca se importou com suas ideias, por serem todas reprováveis, quero dizer, por você mesmo, sim, pois você é seu maior e pior juiz, e desta vez, alguém toca no seu braço direito e pergunta: - Prefere sentar-se mais para o meio ou perto da janela? – Meio aéreo, responde você: - Pode ser ali?

Acomodado, você diz para você mesmo: - Agora, nada de percepções, pensamentos e ou de sentimentos inúteis desnecessários. Você acaba de dizer isso, e nesse exato momento, vem a mesma pessoa e diz: - Quer um cafezinho enquanto providencio a conta? – Você responde: - Hamhan!

Você paga a conta, saindo do local, meio que sem querer, nota que na saída há um batente bem embaixo do umbral da porta de saída, que foi aquela mesma porta de entrada, eis que existem neste momento, todos aqueles olhos interessados, que por acaso e meio que sem querer, adiaram a saída do local, só para observarem se você tropeçará novamente, mas você não tropeça, sai com jeito, com muita hora nessa calma, agora, mais que necessária.

Voltando, você lembra que a cidade era cheia de outdoors, outdoors aqueles que sempre que olhava, via sempre a mesma imagem e ou pintura, posto que diferentes umas das outras, todas, preparadas pelas pequenas, médias e grandes empresas do mundo da propaganda e marketing, e ainda bem que não estão mais ali, pelo menos em relação aos seus olhos com sua mente Gestáltica.

Se a cidade ficou mais humana, sustentável e verde? – Sim, sem dúvida, bem mais humana, sustentável e verde em todo canto que se olha para ela.

Assim, meio que com esses pensamentos toscos, quando pouco se espera, já voltou para casa, trabalhou e ou estudou, enfim, voltou para casa, de volta ao banheiro, de volta ao quarto, de volta à cama, de volta ao sono, logo seus pés estão no chão novamente, é hora de levantar.


E tudo isso acontece de forma que, parece que você vem vendo tudo sempre a mesma coisa.

Um comentário:

  1. Tirando a parte do batente, acho que escreveu sobre mim e um monte de gente...
    Um abraço!
    Jefferson (Minas Gerais)

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