Uma Sinceridade Profunda e Pessoal..

Por Gil Nunes

Meu maior medo de todos os outros que tenho, é o de não poder expressar meus sentimentos e pensamentos, ainda que seja a sós, comigo, mas, sem deixar de ser eu mesmo diante de mim mesmo e diante dos outros.

Sou um péssimo ator no que diz respeito à arte cênica., muitos ganham dinheiro com essa arte, e outros, outros não ganham nada, por qual motivo?, pelo simples, mas tão importante motivo de não terem sido contratados pelos grandes conglomerados empregatícios de atores e atrizes.

Posto que não tenham sido contratados, não hesitam em imitar esse ou aquele ator, essa ou aquela atriz, estes, os quais foram contratados e que, portanto, usufruem de salários invejáveis.

E, na maioria das vezes, pessoas fingem não sentir, quando sentem., em outros momentos, fingem sentir, mas nada sentem., tudo isso para demonstrarem a algumas outras pessoas, seus interesses ou a negação deles.

Contudo, vão se acostumando com a infelicidade., só que, fazer de conta na vida real, fica muito mais caro do que num trabalho que em certo momento, todos nós sabemos, tem começo, meio e fim.

Então, carecemos desta pergunta - Por que se acostumar com aquilo que nos faz infelizes?

Será que o ser humano não tem o direito de se revoltar quando entender que é o momento? Não tem também o direito de encher seu coração de uma esperança que o faça bater forte de maneira que quase saia do peito? Tanto quanto de entender que nem só de esperança se vive neste mundo?

Não tem o homem ou a mulher, o livre arbítrio de poder decidir se vai ou fica?, se quer ou não quer?, bem como, de voltar quando perceber, seja por meio de conhecimento técnico, por meio da fé que possui ou pela falta dela, e digo também, por meio de sua própria intuição norteada pela velocidade do pestanejar das pálpebras dos seus olhos ao verificar que é por demais necessário e menos doloroso a si e aos outros?

Além disso, se tudo começa errado, continua errado e indica que acabará errado, não tem o homem ou a mulher o direito de começar tudo novamente ou de fazer algo completamente diferente, e até de nada começar por entender que o tempo para o começo não se faz presente?

Agora, se tudo estiver dando certo, não tem o direito de prosseguir?

Tudo isso, pelo que vejo, é possível, é de direito, é fato, é ideal, e necessário a todo e qualquer ser humano., mas se em meio às torrentes da vida a saudade bater na porta do coração, deve ser ela contida ou saciada em meio ao estrondoso desespero do coração que pulsa numa necessidade sem fim?

Certa vez, disse Joshua Cooke - "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!"

Destarte, ainda que o ser humano perca algum bem, seja sentimental ou material, ele nunca, jamais deve se perder.

Porém, se o mesmo ser humano encontrar um bem de um valor inestimável, deve segurá-lo firme em sua vida e não deixá-lo em hipótese alguma., certamente, ele, o ser humano, percorrerá enriquecido por este bem, juntamente com aquelas pessoas que o amam, um caminho jamais visto, a não ser por aqueles que foram contemplados com a real felicidade., felicidade esta, que fará dele, a melhor pessoa do mundo.