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sábado, 15 de novembro de 2014

O Homem

Por Gil Nunes

Para os criacionistas, o homem foi feito do barro, moldado física, mental e espiritualmente pelas mãos do próprio Deus, criador de todas as coisas, tendo somente ele, esses atributos; Onipotência, Onisciência, Onipresença e Infinitude. – isso quer dizer que ele pode tudo sobre todos, sabe tudo sobre todos, está com todos ao mesmo tempo, e, não tem começo e nem fim. – sei também que isso é bem difícil de entender e de explicar. – bem como, é ele também, um só ser, todavia, em três pessoas diferentes, quer seja, ele é uma pluralidade de um. – diferentemente como pensam os evolucionistas que afirmam que tudo nasceu de uma explosão cega, sem qualquer sentido e ou objetivo, que apenas, tudo vai se transformando numa transformação sem fim.

Bem, tudo isso, é bem complicado para todo mundo. – mas não para o homem que, de um jeito ou de outro, tenta tirar proveito dessa dualidade existente na mente e no coração das pessoas, ou seja, dentro do convívio social.

O que se vê é que, uns se arrogam na incredulidade, batendo no peito numa presunção infeliz, dizendo que o evolucionismo é uma realidade e que o criacionismo não passa de uma falácia.

Outros, também de maneira arrogante, batem no peito com a afirmação de que o criacionismo é a única e verdadeira certeza de que todo homem precisa ter.

Por outro lado, no frigir das ideias, existem outros ainda que, nem cheiram e nem fedem quanto a uma e outra maneira de entender e aceitar; criacionismo x evolucionismo, e estes também tiram proveito da situação.

Evidentemente o homem quer mesmo é reinar. – ele quer reinar nas ideias, na força física, na cor da pele, na forma de olhar, no jeito de entender, no sentimento, na frieza que demonstra, no descaso com a vida de quem nada tem para lhe oferecer segundo seus próprios interesses, na maneira de comprar e vender, na posição de julgar, na forma de acusar, na necessidade de defender, na inspiração, na transformação, na interatividade dos debates quanto aos problemas que afligem a humanidade; na política, na economia, na religião, nas ciências de um modo geral. – isso quer dizer que, contanto que ele reine, contanto que ele derrote o outro, tudo fica bem resolvido para ele. – e assim, ele, o homem, cria suas estruturas, a começar pelo poder aquisitivo, pelo dinheiro, pelas amizades que ele vai tecendo como se fossem uma trama (uma rede, um pacto, um acordo), sendo que tudo isso, parte de um pressuposto de troca de favores, onde quem não se encaixa dentro dessa visão que ele criara, simplesmente é descartável e descartado, o que torna tudo isso, um fim em si mesmo.

O homem quer descobrir e alcançar maiores conhecimentos e plenitudes, não para ajudar ou fazer doação de tais descobertas, conhecimentos e plenitudes, ele quer mais, ele quer poder, ele quer dominar, ele quer ganhar mais, ele quer em detrimento de tudo e de todos, ele quer por se achar um ser diferenciado de todos os outros, ele não há de se preocupar com o tal altruísmo, esta última palavra posta em prática, nada mais é na sua visão, uma verdadeira aberração, uma burrice, um meio de deixar de ganhar, modo de se caminhar para uma ignorância desnorteada da razão e do correto conhecimento.

O homem aprendeu que conhecimento é meio pelo qual se pode tirar proveito das pessoas, que, inclusive, pagam para serem diariamente enganadas pelos seus diagnósticos e prognósticos dentro das redes de comunicações em massa e ou seletiva.

O homem tem vergonha de ser bondoso, pois tem em mente que ser bondoso o tornaria uma pessoa fraca, vez que o mundo dos fortes, há de ser o típico mundo dos arrogantes e presunçosos por natureza e por convencimento próprio, bem como, pelo amparo das pessoas que o bajulam para que isso se torne uma tônica no seu dia a dia e no dia a dia das pessoas que com ele convivem.

O homem também descobriu que, o amor não existe e que por meio do dinheiro, tudo se compra porque tudo é comprável, que a felicidade é o ter hoje e sempre,  em vez de ser, porque ser sem ter, é o mesmo que não viver, e ter sem ser, é mais que relevante, pois, que, tendo e não sendo, tudo se alivia dentro do tempo oportuno, que a força de ter, é uma linguagem que todo mundo entende, e precisa, mas, que, sendo e nada tendo, além de ser uma linguagem que poucos assimilam, é também, por demais, rejeitável e ou rejeitada de pronto.

O homem se esmera daqui e dali para ir demonstrando seu potencial de um ser dentro da sua ideia intrínseca, pensando ele ser um grandioso isso ou aquilo, ele se aperfeiçoa nos seus conhecimentos e capacitações profissionais / acadêmicas, sempre norteando os pobres viventes dentro das suas doutrinas, estas, costumeiramente pagas por altas quantias despendidas pelas pessoas endinheiradas, todavia, que, portanto, vazias de si mesmas e de tantas outras situações que as tornam vazias por consequências daquilo que são ou não são, mas que, certamente, têm.

O homem se revolta contra o homem, cita Deus ou a falta da existência de Deus, tudo com o firme propósito de governar a vida do outro ou dos outros. – porque o homem é isso, um tipo de bicho do mato, um ser metropolitano, que, posto que pequeno por maior que seja, prefere se enaltecer, sem, jamais, demonstrar sua fragilidade, sua nudez, seu desalento, sua pobreza, sua pequenez, sua insuficiência, sua realidade de ser, ora, o homem vindo do barro ou de alguma explosão cega irracional desprovida de qualquer sentimento, ainda assim, o homem é o homem. – e o que o homem não é, sem dúvida, pode-se dizer, tudo aquilo que ele pensa, entende ou força os outros a entender.

Porque, senão, será que o homem se contentaria apenas com aquilo que lhe é suficiente ou estenderia as suas posses até às bordas do mapa de todo o Planeta?

O homem tem um tempo de permanência na Terra, mas o que ele faz com esse tempo que tem em prol dele e dos outros ou somente em prol dele?

De quanto em quanto tempo precisamos voltar às premissas dos conhecimentos para demonstrar que o homem nada sabe, quando pensa que sabe, pois, a base pela qual se guia é frágil, frágil por ser base criada por ele mesmo e essa base lhe proporciona ganho, porquanto, ganho palpável segundo sua visão de ganho e não realmente ganho desvencilhado da sua conjectura de ganho, vez que está cego e surdo devido ao ganho que lhe favorece a vida que pensa que tem e que pensa viver da melhor maneira possível. – porque, enfim, em que se baseia essa vida?

A Antropologia jamais poderia dizer quem o homem é, se ele, por recusa ou ousadia, insistisse em tão-somente quedar-se num faz de conta daquilo que realmente o homem é, ou seja, independente de barro ou explosão, nada mais, nada menos, o homem. – e, o homem, quer dizer; o pó. – o pó da terra, o pó do barro, o pó da explosão. – o homem.

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