Amar ou não amar?

O amor é um combustível.

Quando deixamos de amar os mais prejudicados somos nós mesmos.

Então, o que precisamos fazer? Nunca deixarmos de amar? Sim. Nunca deixarmos de amar.

Mas, como alcançaremos esse feito?

A resposta é óbvia.

Geralmente as pessoas sentem ódio umas das outras de maneira involuntária. 

Certa vez perguntei a uma pessoa; por que você não gosta de fulano?

A resposta que recebi foi essa; "sei lá! Eu simplesmente não gosto e isso nunca irá mudar porque quando eu não gosto de alguém não há nada e ninguém que me faça mudar de sentir asco por essa ou aquela pessoa".

Depois de ouvir essas palavras, vi que tentar convencê-la de algo que ela estava decidida a não ser convencida, não iria adiantar, por isso, nada falei.

Contudo, naquele instante veio em minha mente a certeza de que se alguém involuntariamente não gosta de n pessoas é plenamente possível que voluntária ou involuntariamente outra pessoa ame n pessoas.

Foi também nesse momento que percebi que eu mesmo desde criança já vinha, venho e continuo praticando isso. 

Sim. Amo as pessoas involuntariamente, voluntariamente, de graça, aliás, mais dou do que recebo porque compreendo que quando deixamos de sentir amor quem perde mais somos nós mesmos.

O amor que sentimos é uma proteção para nós e para as outras pessoas.

Não obstante, o amor nada tem a ver com ser masoquista que gosta de sofrer nas garras das pessoas que adoram desconsiderar, zombar, maltratar, torturar, destruir e matar as outras pessoas. 

Sobre o amor ou amar as pessoas tem muito a ver com amar primeiro a nós mesmos e do jeito que amamos a nós mesmos também amamos as outras pessoas e as ajudamos estando perto ou longe delas porque algumas pessoas são meio parecidas com cães raivosos, mas que ainda assim as amamos muito. Todavia, a maneira mais adequada para serem amadas e ajudadas sem dúvida tende a ser por meio de uma distância que permeie certa segurança não em relação a nós pessoas pacificadoras, mas em relação a elas pessoas que amamos que a qualquer momento por atos de violência comecem a destilar fogo pelas narinas e ou baba pelos cantos dos lábios, além da truculência física por atos involuntários ou não que possam causar em nós alguma ou várias lesões físicas e até mentais e espirituais. 

Por isso, para amar, quem ama, precisa fazer tudo que puder para dar, para ajudar, para melhorar a própria vida e a vida das outras pessoas também. 

Sem se esquecer que o principal ato do amor precisa ser a preservação da vida, da nossa vida e da vida das outras pessoas. 

Conclui-se, portanto, que precisamos dar vida a nós mesmos e dar vida às outras pessoas da mesma forma que damos vida a nós mesmos. 

Bem, o começo de tudo para que tudo isso aconteça precisa haver em nós mesmos voluntária ou involuntariamente a necessidade de querer servir cada pessoa que cruza o nosso caminho e ou que faz parte intrínseca ou extrínseca de nossa existência as que estão perto e as que estão longe. 

Não. Não vejo nada mais valioso do que querer ser para alguém, dar algo de nós mesmos a alguém, ainda que quando falamos assim xyz pessoas já pensam em dinheiro e ou algum outro bem de valor financeiro ou material, pode ser tudo isso também sempre respeitando o binômio; possibilidade versos necessidade e não vejo qualquer problema em ajudar pessoas também dessa forma, mas especialmente fazendo fusão no trato diário de umas com as outras e vice-versa, tem mais a ver com fazer fusão existencial sem culpa, sem conluio e sem dolo porque com essa tricotomia as pessoas não chegarão de fato aonde precisam chegar por meio do amor.

Portanto, viver e deixar viver possibilitará que o amor seja verdadeiro e eficaz em todos os sentidos e aspectos. 

Tudo isso parece complicado, mas não é quando nutrimos amor uns pelos outros a curto, médio e a longo prazo, a curta, média e a longa distância, porque o amor é vida e vida abundante.

O amor é uma fonte que jorra água por toda a eternidade. 

E você, acredita no amor?

Você acredita no que acabou de ler?

Você é contra, é a favor ou para você é indiferente?

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Gil Nunes