Por Gil Nunes
Quando pensamos na realidade a
realidade se torna aquilo que ela é em si mesma; realidade. – a realidade para
algumas pessoas é aquilo que elas mais querem, pois, a realidade da vida delas é
sonho de vida para outras pessoas. – contudo, por algum motivo, pode ser que
aquela realidade que é sonho de vida para outras pessoas ainda não seja uma boa
realidade para quem vive, isso porque seus sonhos são maiores que a sua realidade, que, observada do
ponto de vista das outras pessoas, nada mais é que um sonho perfeito de vida.
O que ocorre é que, independente
do grau disso ou daquilo na vida de cada pessoa, realidade e sonho são
extremante intrínsecos à pessoa que vive sua realidade e sonho e ou realidade e sonho de outras pessoas.
Sabemos que as pessoas são insatisfeitas por natureza, mas há quem esteja terminantemente satisfeita com isso ou com aquilo ou por isso ou aquilo.
Mas quem pode entender o que se
passa em cada coração?
Podemos nos basear na trajetória da
nossa própria existência ou não. – o que se sabe também é que, por vezes,
pessoas abandonam a história da própria existência para começar uma nova
história existencial. – talvez esteja necessitando de vida. – vida existencial
que precisa ter e que jamais teve.
Bem, quando precisamos tratar da
nossa realidade versos sonhos, tudo fica um pouco confuso, pelo menos até o
momento de cada sonho, de cada necessidade que surge sucessivamente. – dentro
desse ínterim de mensurar realidade versos sonhos, não há quem não se perca de
um jeito ou de outro, tentando entender exatamente ou inexatamente como tudo
isso funciona / acontece.
As alternativas para entender o
que se passa na mente, no coração, no corpo, no espírito da pessoa que busca
individualizar realidade e sonho são abundantes e por demais acessíveis; de
graça e com preço que qualquer pessoa pode pagar, se quiser.
Com isso, pode-se recorrer aos líderes
espirituais, aos médicos mentais, aos recursos financeiros, às possibilidades
de lazeres infindos, aos matemáticos, aos sabidos e ou loucos deste mundo, aos
encantados com a vida e aos desencantados dela por natureza, aos célebres, aos
magistrados, aos incultos ou letrados, aos adolescentes e ou emancipados, aos
adultos mais vividos / experientes ou aos encafifados, e, mesmo assim, ainda
assim, cada pessoa, é, quem, realmente, sinceramente, e, individualmente, por
experiência própria e não na experiência dos outros, quem deve tomar sua própria
decisão de entender o que é sonho, bem como, o que vem a ser realidade.
Por vezes, para entender isso,
dói, porém, trata-se de uma dor necessária, vez que, junto com a dor, também,
vem o crescimento. – o crescimento poderá ser resultado da realidade ou do
sonho. – se do sonho que se tornou realidade, então, bem, o resultado será uma
verdadeira festa íntima / pessoal. – por outro lado, se a realidade quedou-se
apenas em sonho, não há que se falar em festa.
Eu fico ouvindo os gurus nas
redes de jornais de rádios, de televisões, e ainda, lendo os jornais digitais e
pergunto a mim mesmo; será que essas pessoas estão realmente vivendo no mundo
real ou estão num mundo de fantasia?
Sim, porque eles e elas falam de
um mundo que nada tem a ver com a realidade. – também, nada tem a ver com
sonhos. – chego com isso, na minha simples observação, que, ou são insensatos ou
fazem aquilo que lhes mandam fazer e pronto. – não, sonho e realidade são bem
complexos e simples ao mesmo tempo. – e a diferença entre sonho e realidade é
que não se trata de se ter uma vida ruim ou uma vida boa. – há gente que vive
uma vida ruim e é feliz e há gente que vive uma vida boa e jamais encontrará a
felicidade.
Então, com isso, há que se dizer
que a felicidade está interligada à vivência do sonho em vida? – eu diria que
sim. – mas quanto vale viver o sonho em realidade?
Viver o sonho em realidade vale
muito para quem não tem nada e vale nada para quem tem muito. – ou, pode-se
correr o risco de se ter muito e nada ao mesmo tempo, isso quer dizer que nem
mesmo a vivência dos sonhos em realidade e ou transformar a realidade em sonhos
serão possíveis.
Acredito que as pessoas menos
complicadas devam ser as pessoas mais felizes, sim, pois são, também, menos
exigentes. – a exigência é um mal ou bem, isso vai depender da pessoa que
vivencia tudo isso dentro do seu próprio universo de si mesma.
Ora, chego então à conclusão de
que somos seres individuais, complexos ou não, exigentes ou não, capazes ou
não, lógicos ou não, abastados ou não, donos de si ou não, mas individualizados
naquilo que somos ou no que não queremos ser, no que temos ou no que não
queremos ter.
Eu sei que respeitar a
individualidade tem sido um mar de problemas para algumas instituições que se
convencionaram de maneira intrínsecas e ao mesmo tempo intolerantes, mas, como
se pode respeitar a coletividade sem o devido respeito à individualidade?
O limão, para algumas pessoas não
é azedo, o jiló, para outras mais, não é amargo, o vinho é doce para uma e para
outras pessoas não, o dia para umas pessoas é feio e para outras é mais que
lindo dia, quarenta gotas de novalgina serve para uma pessoa a fim de que a
febre passe, vez que para outras, as mesmas quarenta gotas não valem nada, há
que se medicar, portanto, cinquenta ou trinta e cinco gotas. – na vida não é
diferente. – sonho e realidade não são algo de coletividade, mas algo de
individualidade, com ou sem condição para se alcançar a realidade em sonho ou
sonho em realidade.
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