Na vida, tudo tem começo e fim. Não importa qual seja a situação, momento ou motivação. Sempre haverá um começo e um fim. E, dentro desse pensamento, existe a necessidade de se tentar agradar, não a todos, mas a alguém que de fato interesse a quem tanto precisa por algum motivo ou necessidade a ser suprida, seja em relação à mais básica até à mais luxuosa, e não quero tratar aqui se a necessidade é ou não vislumbrada na sua satisfação de maneira honesta ou desonestamente.
O fato é que, não devemos negar a
realidade de nossas deficiências do passado porque no presente precisamos muito
de algo ou de alguém que nos supra com isto ou aquilo.
E nem devemos jogar a culpa nos
outros, daquele jeito de se encontrar um incauto que aceite levar a culpa em acrescimento
de alguém que precisa se beneficiar com algo que queira em prol da satisfação
de sua necessidade.
Não. Não é errado dada pessoa que
não acertou o alvo no intuito de se fazer a coisa certa no passado, mas que,
infelizmente só fez desgraça na sua vida e mais ainda na vida dos outros, e
que, num reconhecimento nítido de sua fraqueza, entende que prejudicou, e que
não quer mais continuar prejudicando ela mesma e as outras pessoas, inclusive.
Sim, porque desta forma, nesse
ato de mudar de rumo nos pensamentos e sentimentos, conclui ela, que precisa de
uma vida nova e diferente da do passado.
Entretanto, se essa mesma pessoa,
manter-se na mesma forma desumana, grotesca, manipuladora, tentando impor sua
condição doentia, sem assumir suas responsabilidades, sem se arrepender dos
seus malfeitos, sem a mínima vontade e ou necessidade de reparar seus erros, passará
ela uma vida infeliz e sem a verdadeira essência do que significa a realidade
do sonho de viver.
É tão fácil e curador a pessoa
dizer que errou, que não acertou o alvo, que fez um monte de besteiras na vida,
mas que não quer mais manter-se nessa sujeira que mata a essência da vida, vez
que onde não há vida, há morte da verdade, há morte da realidade, há morte da
consciência, há morte da esperança, há morte da constância, há morte da
motivação honesta, há morte do sentido real da vida, há morte do carinho real, há
morte da alegria, há morte da inocência, há morte do entendimento, há morte da
honestidade, há morte do interesse em que não há usurpação, há morte do
interesse pelas pessoas e desenfrear de um tipo de materialismo selvagem, há
morte do amor próprio, há morte do amor aos outros, há morte do amor de todas
as formas.
Quero dizer que, se a pessoa não
acorda para recomeçar a vida de um jeito oposto à vida do seu passado medonho,
poderá ela se revestir de um tipo de “Capa de Santidade”, tendo um autoconvencimento
de que ela é uma pessoa boazinha, honesta, carinhosa, interessada pela dor e
sofrimento dos outros, que ama, que sempre tem a motivação honesta para tudo
que pensa, sente, fala ou faz, ou seja, continuará pior do que seu estado
anterior, do passado, principalmente se houver alguém ou novas pessoas que
acreditem em tudo que a pessoa diz pensar, sentir ou fazer, quando na verdade,
a verdade é outra completamente diferente daquela demonstrada por meio de uma
camuflagem de falsa santidade e ou honestidade que jamais existiram.
Mudar é bom, faz bem pra alma e
nos protege do caos que nós mesmos criamos devido ao materialismo que acaba
tomando conta da vida, nos fazendo enxergar, não as pessoas e a essência delas,
mas, dinheiro, prédio, carro, joias, viagens, dentre outros e já nem sabemos
mais quem somos e quem são os outros e o resultado disso será claramente demonstrado
nas fotos que fazemos questão de, por meio delas, mostrar o quanto somos importantes,
o quanto temos valor por sermos “ricos” e “poderosos”, por possuirmos vários
bens materiais, por termos infindos amigos que possuem algum tipo de “poder”
material, e continua, olhem os bens materiais ao nosso redor, ou em nós, ou
onde estamos dentro deles.
Todavia, quando se chega a hora
de deixar tudo deste mundo, a pessoa parte dele sem levar nada. Ela nasce nua e
esquece que nua deixará este mundo sem nada levar dele.
Temos tantos exemplos de pessoas
que tinham as mais lindas e caras joias, os mais suntuosos lugares de
residência habitual, de local de trabalho, de lugar de lazer, mas quando deixaram
este mundo, nada levaram consigo, tudo ficou e elas se foram, seja devido a alguma
doença incurável, seja devido a algum acidente ou a qualquer outro tipo de
fatalidade da vida, elas se foram e tudo ficou sem que levassem consigo.
Não quero com isso, dizer, que,
não temos o direito de estudar, de trabalhar, de se desenvolver e de crescer
como pessoas que produzem riquezas. O que digo aqui é que não devemos usar de
artimanhas para tê-las conosco ou o poder delas em nós. Porque, tudo o que é
natural é perfeito, digno, honesto e vale a pena ser, ter e usufruir.